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Sarkozy e Merkel buscam acordo para a crise da dívida

O encontro entre os líderes da França e da Alemanha acontece na véspera da crucial cúpula europeia que será realizada em Bruxelas

O presidente francês Nicolas Sarkozy e a chanceler Angela Merkel: a líder alemã declarou-se confiante de que a cúpula europeia terá bons resultados (John Thys/AFP)
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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2011 às 10h26.

Bruxelas - Os países da Eurozona protagonizam uma corrida contra o tempo para chegar a um acordo para a crise da dívida, com um encontro decisivo nesta quarta-feira entre os líderes da Alemanha e da França, Nicolas Sarkozy e Angela Merkel, na véspera da crucial cúpula europeia que será realizada em Bruxelas.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, classificou de muito grave a situação na Eurozona devido à crise da dívida da Grécia e alertou que um fracasso da cúpula de quinta terá consequências mundiais.

"Ninguém deve se iludir, a situação é muito grave", declarou à imprensa. Segundo Barroso, os chefes de Estado e de Governo devem, no mínimo, propor medidas claras para estabilizar a Grécia.

A cúpula da Eurozona na quinta será decisiva para o futuro da Grécia e da União Europeia, afirmou nesta quarta-feira o porta-voz do governo grego, Ilias Mosialos.

Os dirigentes dos 17 países da Eurozona discutirão um segundo plano de resgate para a economia grega, no qual tentarão envolver o setor privado.

"Amanhã teremos uma cúpula determinante para o futuro do país e da Europa. O primeiro-ministro Giorgos Papandreou luta para garantir que a Grécia continue de pé", declarou Mosialos.

Os mercados financeiros esperam uma resposta firme em relação a um segundo plano de ajuda à Grécia, enquanto que os Estados Unidos estão preocupados com as consequências potencialmente devastadoras que uma crise da dívida europeia teria para sua economia.

Sinal das divergências que devem ser superadas, o presidente francês Nicolas Sarkozy tomou a iniciativa de ir a Berlim esta quarta-feira para se reunir com a chanceler alemã Angela Merkel.

Merkel, no entanto, declarou-se confiante de que a cúpula europeia terá bons resultados, em um comunicado imitido antes da reunião com Sarkozy.

A recompra da dívida grega, juros aos bancos, reescalonamento, todas as opções estão sobre a mesa para definir um novo plano de ajuda para a Grécia antes da cúpula de quinta-feira, na qual a zona do euro deve tomar uma decisão que evite o contágio da crise da dívida.

A questão da falta de pagamento ou não da Grécia segue no centro do debate anterior à cúpula de líderes da União Monetária de quinta-feira, segundo fontes próximas às discussões.

A maioria das opções contempladas que envolvem a participação de credores privados da Grécia, como a Alemanha exige desde o início por razões políticas, suporiam de fato um "acontecimento de crédito", um "default" ou a falta de pagamento parcial de sua dívida pela Grécia.

O reescalonamento da dívida grega iria impor aos credores uma mudança nos vencimentos dos reembolsos, o que seria castigado pelas agências de classificação.

Já a recompra da dívida grega, também em discussão, poderia não supor um "default" se a Grécia realizar ela mesma a operação com a ajuda de empréstimos europeus.

A vantagem é que o custo da dívida grega nos mercados é muito baixo atualmente e poderia permitir reduzir o volume global de endividamento do país.

Mas se o Fundo Europeu de Ajuda (FESF) comprasse os títulos gregos, haveria um risco de "default" parcial.

A terceira opção contemplada é a criação de uma taxa bancária especial na zona do euro.

Esta solução "teria a vantagem de não intervir diretamente nos bancos e, portanto, de potencialmente não criar um 'default'" da Grécia, que apresentaria riscos de contágio, explicou na segunda-feira o ministro francês das Relações Exteriores, Jean Leonetti.

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Bruxelas - Os países da Eurozona protagonizam uma corrida contra o tempo para chegar a um acordo para a crise da dívida, com um encontro decisivo nesta quarta-feira entre os líderes da Alemanha e da França, Nicolas Sarkozy e Angela Merkel, na véspera da crucial cúpula europeia que será realizada em Bruxelas.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, classificou de muito grave a situação na Eurozona devido à crise da dívida da Grécia e alertou que um fracasso da cúpula de quinta terá consequências mundiais.

"Ninguém deve se iludir, a situação é muito grave", declarou à imprensa. Segundo Barroso, os chefes de Estado e de Governo devem, no mínimo, propor medidas claras para estabilizar a Grécia.

A cúpula da Eurozona na quinta será decisiva para o futuro da Grécia e da União Europeia, afirmou nesta quarta-feira o porta-voz do governo grego, Ilias Mosialos.

Os dirigentes dos 17 países da Eurozona discutirão um segundo plano de resgate para a economia grega, no qual tentarão envolver o setor privado.

"Amanhã teremos uma cúpula determinante para o futuro do país e da Europa. O primeiro-ministro Giorgos Papandreou luta para garantir que a Grécia continue de pé", declarou Mosialos.

Os mercados financeiros esperam uma resposta firme em relação a um segundo plano de ajuda à Grécia, enquanto que os Estados Unidos estão preocupados com as consequências potencialmente devastadoras que uma crise da dívida europeia teria para sua economia.

Sinal das divergências que devem ser superadas, o presidente francês Nicolas Sarkozy tomou a iniciativa de ir a Berlim esta quarta-feira para se reunir com a chanceler alemã Angela Merkel.

Merkel, no entanto, declarou-se confiante de que a cúpula europeia terá bons resultados, em um comunicado imitido antes da reunião com Sarkozy.

A recompra da dívida grega, juros aos bancos, reescalonamento, todas as opções estão sobre a mesa para definir um novo plano de ajuda para a Grécia antes da cúpula de quinta-feira, na qual a zona do euro deve tomar uma decisão que evite o contágio da crise da dívida.

A questão da falta de pagamento ou não da Grécia segue no centro do debate anterior à cúpula de líderes da União Monetária de quinta-feira, segundo fontes próximas às discussões.

A maioria das opções contempladas que envolvem a participação de credores privados da Grécia, como a Alemanha exige desde o início por razões políticas, suporiam de fato um "acontecimento de crédito", um "default" ou a falta de pagamento parcial de sua dívida pela Grécia.

O reescalonamento da dívida grega iria impor aos credores uma mudança nos vencimentos dos reembolsos, o que seria castigado pelas agências de classificação.

Já a recompra da dívida grega, também em discussão, poderia não supor um "default" se a Grécia realizar ela mesma a operação com a ajuda de empréstimos europeus.

A vantagem é que o custo da dívida grega nos mercados é muito baixo atualmente e poderia permitir reduzir o volume global de endividamento do país.

Mas se o Fundo Europeu de Ajuda (FESF) comprasse os títulos gregos, haveria um risco de "default" parcial.

A terceira opção contemplada é a criação de uma taxa bancária especial na zona do euro.

Esta solução "teria a vantagem de não intervir diretamente nos bancos e, portanto, de potencialmente não criar um 'default'" da Grécia, que apresentaria riscos de contágio, explicou na segunda-feira o ministro francês das Relações Exteriores, Jean Leonetti.

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