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Sarkozy de volta à cédula

É um momento prá lá de difícil para ser presidente da França. O país sofre com ataques terroristas e está no meio de debates sociais e culturais, como a proibição do “burkini”, a roupa que as muçulmanas usam para ir a praia. De quebra, vê o avanço da extrema direita e dos discursos de ódio. […]

DE NOVO ELE: depois de cinco anos longe do governo, Nicolas Sarkozy quer ser novamente o presidente / Franck Prevel/Getty Images
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Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2016 às 19h29.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h00.

É um momento prá lá de difícil para ser presidente da França. O país sofre com ataques terroristas e está no meio de debates sociais e culturais, como a proibição do “burkini”, a roupa que as muçulmanas usam para ir a praia. De quebra, vê o avanço da extrema direita e dos discursos de ódio.

Pois um cenário de indefinições pode ser o ideal para reconstruir a imagem. Pelo menos é nisso que aposta o ex-presidente Nicolas Sarkozy, que anunciou na terça-feira sua candidatura para 2017. Ontem, ele lançou um livro, Tudo pela França. Hoje, já tem seu primeiro compromisso de campanha no sul do país.

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Há um longo caminho pela frente: 79% dos franceses disseram, em uma pesquisa realizada logo depois do anúncio de sua candidatura, que não querem ver Sarkozy dirigindo a nação novamente. Ele ainda precisa convencer o próprio partido republicano — há uma primária a ser realizada ainda este ano, em que Sarkozy figura atrás do ex-primeiro ministro Alain Juppé.

Se chegar a 2017, seus maiores adversários seriam o atual presidente, François Hollande, do Partido Socialista, e a candidata de extrema-direita Marine Le Pen, da Frente Nacional, que ganhou força ao propor um “Frexit”, depois que o Brexit tirou o Reino Unido da União Europeia.

Sarkozy, é conhecido por seu conservadorismo e pela defesa da identidade francesa. Em seu livro, ele dedica um capítulo inteiro àquilo que acredita ser a principal ameaça ao estilo de vida francês: o Islã. Seu governo foi mais lembrado pelo casamento com a cantora Carla Bruni que pelos feitos políticos e diplomáticos. Sua candidatura não é exatamente o frescor que a França está precisando. Mas ainda é cedo para riscar seu nome da cédula.

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