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Sarkozy acredita que falta pouco para França ficar como Espanha

Ao fazer comparações com o país vizinho, o atual presidente referia-se implicitamente a seu adversário socialista François Hollande

Sarkozy: "Vejam a Espanha. Vocês querem a mesma situação? Não se trata de dar medo. A questão é olhar para o outro lado da fronteira. A Espanha deixou de lado a disciplina, a Espanha não fez as reformas que devia fazer" (Martin Bureau/AFP)

Sarkozy: "Vejam a Espanha. Vocês querem a mesma situação? Não se trata de dar medo. A questão é olhar para o outro lado da fronteira. A Espanha deixou de lado a disciplina, a Espanha não fez as reformas que devia fazer" (Martin Bureau/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2012 às 11h09.

Paris - O presidente francês Nicolas Sarkozy afirmou que falta muito pouco para que a França se encontre numa situação como a da Espanha, se o país não continuar com as reformas que ele disse ter empreendido e a luta contra os déficits e a dívida.

"Imagino que nem um só francês tem vontade de que a França conheça a situação que a Espanha conhece hoje, depois de sete anos de governo socialista", afirmou Sarkozy à rádio Europe 1, referindo-se implicitamente a seu adversário socialista François Hollande.

"Vejam a Espanha. Vocês querem a mesma situação? Não se trata de dar medo. A questão é olhar para o outro lado da fronteira. A Espanha deixou de lado a disciplina, a Espanha não fez as reformas que devia fazer, a Espanha contratou funcionários. Quem paga na Espanha? Os 375.000 desempregados dos últimos dois meses", prosseguiu Sarkozy.

"Um país que não paga suas dívidas, que não reduz seus déficits, (...) é um país que, no mundo de hoje, está em perigo", acrescentou Sarkozy, criticando várias das propostas de François Hollande.

"A reforma das aposentadorias, se eu não a tivesse feito em 2010, estaríamos agora na situação da Espanha", insistiu.

"Por acaso acreditam que a Espanha, que atrasou as reformas, se encontra mais unida e mais calma hoje? Acreditam que a Grécia se encontra mais tranquila por que os sucessos governos rejeitaram fazer reformas", questionou.

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