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Sanders, a derrota e o legado

No calendário das eleições americanas, esta terça-feira tinha tudo para ser decisiva. Seis estados, entre eles a populosa Califórnia, realizam as prévias para os partidos democrata e republicano. Mas a Super Terça chegou tarde demais. Do lado republicano, Donald Trump já é o candidato. Entre os democratas, Hillary Clinton ainda precisa de 23 delegados em […]

BERNIE SANDERS: apesar da provável derrota para Hillary nas primárias de hoje, Sanders deixa sua marca na candidatura democrata / David McNew/Getty Images

BERNIE SANDERS: apesar da provável derrota para Hillary nas primárias de hoje, Sanders deixa sua marca na candidatura democrata / David McNew/Getty Images

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2016 às 20h07.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h36.

No calendário das eleições americanas, esta terça-feira tinha tudo para ser decisiva. Seis estados, entre eles a populosa Califórnia, realizam as prévias para os partidos democrata e republicano. Mas a Super Terça chegou tarde demais. Do lado republicano, Donald Trump já é o candidato. Entre os democratas, Hillary Clinton ainda precisa de 23 delegados em jogo hoje, mas ontem à noite a agência Associated Press divulgou que ela já alcançou o número de votos necessário entre os superdelegados, que não vão às urnas.

Ainda assim, a disputa está longe da chatice. E o responsável é o perdedor da disputa, Bernie Sanders. Ele conseguiu transformar uma candidatura que iniciou como um protesto simbólico em uma corrida pra lá de viável. O apoio ao senador se deu principalmente entre universitários brancos e democratas mais jovens, que foram cativados por seu discurso contra os bancos e a favor do aumento do salário mínimo.

Mas, na Califórnia, a maioria dos eleitores são negros e latinos, parcela da população que Sanders lutou para trazer para seu lado. Suas chances de vitória não passam dos 14% hoje. Ou seja: Hillary vai terminar o dia de fato como a candidata oficial. Mas os apoiadores de Sanders prometem protestos pacíficos durante a conferência do partido na Filadélfia, em julho. Apesar de improvável, caso os “superdelegados” mudem de ideia, o senador pode promover uma reviravolta na convenção. E ele definitivamente quer embolar a disputa até o último minto.

Sanders já afirmou que não pretende concorrer como independente para a presidência em novembro, pois seu “objetivo maior é impedir a eleição de Donald Trump”. Com seu discurso de democrata social, Sanders forçou Hillary a incorporar questões como a desigualdade social e inconformidade dos americanos diante do cenário econômico e político. Sanders pode não se concretizar como o candidato democrata, mas com certeza mudou o partido com sua candidatura.

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