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Salvini vence em eleições na Úmbria e testa coalizão governista da Itália

Esta foi a primeira derrota do bloco apoiado pela centro-esquerda na região em 50 anos

Itália: a centro-direita conquistou oito distritos eleitorais desde março de 2018 (Ciro de Luca/Reuters)

Itália: a centro-direita conquistou oito distritos eleitorais desde março de 2018 (Ciro de Luca/Reuters)

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Reuters

Publicado em 28 de outubro de 2019 às 11h07.

Roma - O líder da Liga, Matteo Salvini, conduziu a oposição de centro-direita a uma vitória inquestionável na eleição regional da Úmbria, conforme os resultados desta segunda-feira, elevando as dúvidas sobre até quando o governo italiano em Roma conseguirá se manter.

O candidato da centro-direito a governador da pequena região obteve 57,5% dos votos contra 37,6% para o oponente da coalizão governista formada pelo anti-establishment Movimento 5 Estrelas e os democratas, na primeira derrota do bloco apoiado pela centro-esquerda na região em 50 anos.

"Os resultados que estamos vendo na Úmbria são vistos por todo o país. Este não é um governo que representa o povo italiano", disse Salvini à Rádio 24.

"Não acho que o governo vai aguentar muito mais", acrescentou, reforçando seu pedido por antecipar eleições nacionais.

Salvini se retirou de um governo com o 5-Estrelas em agosto, esperando que sua atitude desencadeasse uma eleição que, segundo as pesquisas, ele ganharia com larga vantagem.

Em vez disso, o 5-Estrelas firmou uma aliança com o Partido Democrata (PD) na expectativa de reduzir o apoio a Salvini, mas a votação de domingo mostrou que a Liga, com sua agenda anti-imigração e a favor do corte de impostos, é o partido mais popular na Itália.

O 5-Estrelas atribuiu a derrota à aliança com o PD, seu tradicional rival político antes da coalizão de agosto.

"O experimento não deu certo", disse o Partido em um comunicado. "Isso mostra que só podemos verdadeiramente representar um terceiro caminho ao olhar para além de dois pólos opostos".

A centro-direita conquistou oito distritos eleitorais desde a mais recente eleição nacional, em março de 2018, e a atenção agora está voltada para a região de Emilia Romagna, que vai às urnas em 26 de janeiro.

O local ao norte reúne uma população cerca de quatro vezes maior que a de Úmbria e é historicamente o coração da esquerda italiana. "Estamos chegando", tuitou Salvini nesta segunda-feira.

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