Mundo

Salvini perde votação regional importante na Itália

O política pretendia derrubar décadas de governo de esquerda na região norte de Emília-Romanha

Salvini: caso o político vencesse, havia a expectativa até de renúncia do governo (Ciro de Luca/Reuters)

Salvini: caso o político vencesse, havia a expectativa até de renúncia do governo (Ciro de Luca/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 27 de janeiro de 2020 às 10h59.

Roma - O líder do partido italiano de direita Liga, Matteo Salvini, não conseguiu derrubar décadas de governo de esquerda na região norte de Emília-Romanha, no domingo, em uma eleição que levou alívio para o governo de centro-esquerda da Itália.

Salvini fez campanha incansavelmente na região desde o início do ano, buscando uma vitória para derrubar o governo de coalizão nacional, que inclui o Partido Democrático (PD).

"A maioria governista sai (das eleições regionais) mais forte", disse o líder do PD, Nicola Zingaretti, acrescentando que Salvini falhou em sua tentativa de "empurrar o governo para fora".

A contagem final mostrou que o atual governador do Partido Democrático, Stefano Bonaccini, conquistou 51,4% dos votos, contra 43,6% do candidato da Liga.

 

Pesquisas de opinião apontaram para uma disputa acirrada, e a derrota por quase oito pontos foi um revés claro para Salvini, que prometeu apresentar uma "ordem de despejo" ao governo central da Itália, se ele vencesse.

Não havia nenhuma obrigação do governo de renunciar se Salvini vencesse, mas depois de oito vitórias eleitorais regionais consecutivas, outro triunfo teria colocado a coalizão governista sob intensa pressão.

"Fizemos tudo humanamente possível e até um pouco mais", disse Salvini a repórteres na segunda-feira, acrescentando que estava "absolutamente satisfeito" por corroer o apoio da esquerda em Emília, apesar da derrota.

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesItália

Mais de Mundo

Violência após eleição presidencial deixa mais de 20 mortos em Moçambique

38 pessoas morreram em queda de avião no Azerbaijão, diz autoridade do Cazaquistão

Desi Bouterse, ex-ditador do Suriname e foragido da justiça, morre aos 79 anos

Petro anuncia aumento de 9,54% no salário mínimo na Colômbia