Mundo

Saída de premiê da Ucrânia não atende pedidos da oposição

A renúncia de Mykola Azarov significa a saída de uma das pessoas mais desprezadas pela oposição


	O presidente ucraniano, Viktor Yanukovich: a oposição exige a renúncia de Yanukovych e a convocação de novas eleições
 (AFP)

O presidente ucraniano, Viktor Yanukovich: a oposição exige a renúncia de Yanukovych e a convocação de novas eleições (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2014 às 08h38.

Kiev - O primeiro-ministro da Ucrânia, Mykola Azarov, apresentou sua renúncia nesta terça-feira, dizendo esperar que a medida ajude numa resolução pacífica para a crise política que atinge o país há dois meses.

Sua renúncia significa a saída de uma das pessoas mais desprezadas pela oposição. A decisão foi apresentada ao presidente Viktor Yanukovych no mesmo dia em que o Parlamento realiza uma sessão especial que, espera-se, deve revogar as leis contra as manifestações que foram aprovadas neste mês. A legislação provocou confrontos entre policiais e manifestantes que resultaram na morte de três pessoas.

A renúncia deve ser aceita por Yanukovych, mais isso parece ser apenas uma formalidade. Na semana passada, o presidente ofereceu o cargo de premiê a Arseniy Yatsenyuk, um dos principais líderes da oposição, que recusou a oferta na segunda-feira.

Yanukovych disse que a anistia a dezenas de manifestantes detidos durante os protestos só entrará em vigor se os manifestantes deixarem as suas e saírem dos prédios que ocuparam, mas parece improvável que os protestos sejam encerrados sem que as exigências sejam atendidas.

As medidas adotadas nesta terça-feira ficam aquém das exigências da oposição, que também incluem a renúncia de Yanukovych e a convocação de novas eleições.

Os protestos em Kiev começaram em 21 de novembro, depois de Yanukovych desistir de assinar um tratado econômico e político com a União Europeia (UE) e, pouco depois, ter aceitado um pacote de resgate oferecido pelo presidente russo Vladimir Putin. A crise se agravou nos últimos dias após violentos confrontos entre manifestantes e policiais.

Em comunicado postado do site do governo, Azarov apresenta sua renúncia com o objetivo de encorajar o que chamou de "compromisso político-social". Fonte: Associated Press.

Acompanhe tudo sobre:Crise políticaOposição políticaProtestosProtestos no mundoUcrânia

Mais de Mundo

Brasil-China: 50 anos de laços bilaterais

Governo de Milei usará orçamento de 2023 em 2025 após falta de acordo

Polícia tailandesa procura suspeitos de envolvimento em incêndio que matou médica brasileira

Netanyahu passará dias internado após cirurgia na próstata e Justiça suspende audiência