Russos protestam contra prisão por música punk anti-Putin
"A 'intelligentsia' exige a libertação das Pussy Riot", é o título da carta aberta, publicada no site da rádio Eco de Moscou
Da Redação
Publicado em 27 de junho de 2012 às 16h23.
Moscou - Mais de 100 importantes artistas russos, como o cineasta Andrei Konchalovsky e a escritora Liudmila Ulitskaia, manifestaram-se nesta quarta-feira em defesa das meninas do grupo Pussy Riot, presas por cantarem uma "oração punk" contra Vladimir Putin na catedral de Moscou.
"A 'intelligentsia' exige a libertação das Pussy Riot", é o título da carta aberta, publicada no site da rádio Eco de Moscou.
A oração improvisada por Nadejda Tolokonikova, María Alejina e Ekaterina Samutsevich, em prisão preventiva há quatro meses, foi chamada de "Maria mãe de Deus, expulsa Putin" .
As três podem ser condenadas a sete anos de prisão por vandalismo.
"Não há fundamento jurídico nem razão prática para manter fora da sociedade estas jovens, que não apresentam nenhum perigo", declaram os artistas.
A Suprema Corte russa reagiu e disse que não tolerará "nenhuma pressão".
"Temos opiniões divergentes sobre o caráter moral e ético da ação de fevereiro na catedral", escreveram na carta.
"Contudo (...) estas jovens não mataram, não roubaram nem praticaram violência. A Rússia é um Estado laico, e nenhum ato anticlerical que não esteja previsto por um artigo do código penal pode ser objeto de diligências penais", argumentam.
Muitas personalidades da comunidade cristã ortodoxa desaprovaram a gravidade das acusações apresentadas contra as jovens e a sua detenção. Também denunciaram a posição do patriarcado de Moscou, que quer castigá-las severamente.
As jovens afirmaram que com a canção queriam simplesmente denunciar "a colusão da Igreja e do Estado" na Rússia.
A Anistia Internacional e a ONG russa Memorial também exigiram a libertação das jovens, e o responsável pelos direitos Humanos no Kremlin, Vladimir Lukin, pediu que elas fossem tratadas com uma atitude cristã.
Moscou - Mais de 100 importantes artistas russos, como o cineasta Andrei Konchalovsky e a escritora Liudmila Ulitskaia, manifestaram-se nesta quarta-feira em defesa das meninas do grupo Pussy Riot, presas por cantarem uma "oração punk" contra Vladimir Putin na catedral de Moscou.
"A 'intelligentsia' exige a libertação das Pussy Riot", é o título da carta aberta, publicada no site da rádio Eco de Moscou.
A oração improvisada por Nadejda Tolokonikova, María Alejina e Ekaterina Samutsevich, em prisão preventiva há quatro meses, foi chamada de "Maria mãe de Deus, expulsa Putin" .
As três podem ser condenadas a sete anos de prisão por vandalismo.
"Não há fundamento jurídico nem razão prática para manter fora da sociedade estas jovens, que não apresentam nenhum perigo", declaram os artistas.
A Suprema Corte russa reagiu e disse que não tolerará "nenhuma pressão".
"Temos opiniões divergentes sobre o caráter moral e ético da ação de fevereiro na catedral", escreveram na carta.
"Contudo (...) estas jovens não mataram, não roubaram nem praticaram violência. A Rússia é um Estado laico, e nenhum ato anticlerical que não esteja previsto por um artigo do código penal pode ser objeto de diligências penais", argumentam.
Muitas personalidades da comunidade cristã ortodoxa desaprovaram a gravidade das acusações apresentadas contra as jovens e a sua detenção. Também denunciaram a posição do patriarcado de Moscou, que quer castigá-las severamente.
As jovens afirmaram que com a canção queriam simplesmente denunciar "a colusão da Igreja e do Estado" na Rússia.
A Anistia Internacional e a ONG russa Memorial também exigiram a libertação das jovens, e o responsável pelos direitos Humanos no Kremlin, Vladimir Lukin, pediu que elas fossem tratadas com uma atitude cristã.