Em toneladas, a produção de petróleo e condensado de gás caiu para 512,68 milhões em 2020, ante um recorde pós-soviético de 560,2 milhões, ou 11,25 milhões de bpd, em 2019 (Andrey Rudakov/Bloomberg)
Rodrigo Caetano
Publicado em 2 de janeiro de 2021 às 16h18.
Última atualização em 4 de janeiro de 2021 às 14h17.
A produção de petróleo na Rússia caiu no ano passado pela primeira vez desde 2008 e atingiu seu nível mais baixo desde 2011, após um acordo global para cortar a oferta em meio à diminuição da demanda causada pelo coronavírus, mostraram dados neste sábado.
A produção russa de petróleo e gás condensado caiu para 10,27 milhões de barris por dia (bpd) em 2020, de acordo com dados do Ministério de Energia citados pela agência de notícias Interfax.
Em toneladas, a produção de petróleo e condensado de gás caiu para 512,68 milhões em 2020, ante um recorde pós-soviético de 560,2 milhões, ou 11,25 milhões de bpd, em 2019.
A queda acentuada ficou quase em linha com as expectativas.
A marca de 512,68 milhões de toneladas para 2020 foi a mais baixa desde as 511,43 milhões de toneladas vistas em 2011, e o primeiro declínio anualizado desde 2008 em meio à crise financeira global e à queda dos preços do petróleo.
A Rússia concordou em reduzir sua produção de petróleo em abril do ano passado em mais de 2 milhões de barris por dia, um corte voluntário sem precedentes, juntamente com outros grandes produtores da commodity e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
A medida foi projetada para impulsionar o mercado de petróleo afetado pelas consequências da pandemia da Covid-19.
O grupo Opep+ vai realizar sua próxima cúpula na segunda-feira, 4 de janeiro. A Rússia deve aumentar sua produção de petróleo em 125.000 bpd a partir do Ano Novo.