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Rússia provocou severa desconfiança nos EUA, diz Tillerson

Para o secretário de Estado americano, a suposta interferência do governo Putin nas eleições do ano passado complicaram muito a relação entre os países

Rex Tillerson: a Rússia nega de forma veemente os relatórios que acusam o país de tentar exercer uma influência nas eleições (Yuri Gripas/Reuters)

Rex Tillerson: a Rússia nega de forma veemente os relatórios que acusam o país de tentar exercer uma influência nas eleições (Yuri Gripas/Reuters)

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AFP

Publicado em 7 de agosto de 2017 às 10h22.

A suposta interferência russa nas eleições americanas de 2016 provocou uma "severa desconfiança" a respeito de Moscou, afirmou o secretário de Estado americano, Rex Tillerson.

"A interferência russa nas eleições foi sem dúvida um incidente grave. Falamos sobre o tema na discussão que tivemos com (o chanceler russo Sergei) Lavrov ontem", disse Tillerson em Manila, onde ambos participaram em um fórum da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

"Tentei fazer com que ele entendesse como o incidente foi sério e como prejudicou a relação entre o povo americano e o povo russo, como isto criou uma severa desconfiança e a necessidade de encontrar a forma de encará-la", completou.

A Rússia nega de forma veemente os relatórios - respaldados pelas agências de inteligência americanas - que acusam o país de tentar exercer uma influência nas eleições a favor de Donald Trump.

Trump minimizou as alegações, mas a polêmica resultou na adoção de sanções contra Moscou pelo Congresso dos Estados Unidos.

Em represália, Moscou determinou a saída até 1º de setembro de 755 funcionários da representação diplomática dos Estados Unidos na Rússia.

"Eu disse ao ministro das Relações Exteriores que ainda não tomamos uma decisão sobre como responderemos à solicitação russa de cortar o pessoal diplomático", disse o secretário de Estado.

"Eu fiz várias perguntas de esclarecimento, para que nos descrevessem em detalhes o raciocínio diplomático por trás da nota que recebemos, mas afirmei que responderemos até 1º de setembro", completou.

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