Mundo

Rússia pressiona ONU no caso do voo MH17

Após descartar criação de tribunal, a Rússia está pressionando a ONU em investigação sobre o que causou a derrubada do avião de passageiros


	Destroços do voo MH17 da Malaysia Airlines
 (Bulent Kilic/AFP)

Destroços do voo MH17 da Malaysia Airlines (Bulent Kilic/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2015 às 22h46.

A Rússia está pressionando por um papel maior da Organização das Nações Unidas (ONU) em uma investigação sobre o que causou a derrubada de um avião de passageiros no leste da Ucrânia, depois de rejeitar uma proposta de Malásia, Austrália, Holanda, Bélgica e Ucrânia para a criação de um tribunal apoiado pelo órgão.

Liderados pelos holandeses, os países conduzem um inquérito criminal sobre o voo MH17 da Malaysia Airlines e propuseram um projeto de resolução ao Conselho de Segurança da ONU no início deste mês que criaria um tribunal para julgar os responsáveis.

Mas o presidente russo, Vladimir Putin, descreveu a medida como contraproducente e prematura. A Rússia tem poder de veto no Conselho de Segurança da ONU e, portanto, poderia bloquear a resolução se for submetida a votação.

Em vez disso, a Rússia distribuiu outra proposta de resolução que "exige que os autores do incidente aéreo sejam levados à Justiça". O conselho de 15 membros deve discutir o projeto russo mais tarde nesta segunda-feira.

O embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, disse que Moscou se opunha a um tribunal internacional porque "acreditamos que não está na Carta das Nações Unidas, o Conselho de Segurança da ONU não deve lidar com situações como essa".

Quando perguntado se a Rússia é contra a proposta de criar um tribunal, Churkin respondeu: "Sim." No início deste mês, ele descreveu a proposta como uma tentativa de organizar um "show político grandioso".

O avião que operava o voo MH17 foi abatido em 17 de julho do ano passado com 298 passageiros a bordo, dois terços deles holandeses. Ele caiu em território ucraniano controlado por rebeldes apoiados pelos russos.

Um relatório final sobre a causa do acidente, um documento separado da investigação criminal, deve ser divulgado em outubro pelo Conselho de Segurança holandês.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEuropaMalaysia AirlinesRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Novas autoridades sírias anunciam acordo para dissolução dos grupos armados

Porto de Xangai atinge marca histórica de 50 milhões de TEUs movimentados em 2024

American Airlines retoma voos nos EUA após paralisação nacional causada por problema técnico

Papa celebra o Natal e inicia o Jubileu 2025, 'Ano Santo' em Roma