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Rússia nega que suspeitos de ataque aos Skripal trabalhem para o país

A Rússia convocou nesta quarta-feira os membros da Opep para uma reunião sobre o caso Skripal, na qual se ausentaram Reino Unido, EUA e França

Caso Skripal: o ex-espião russo e sua filha forma envenenados em março na Inglaterra (Polícia britânica/Reuters)

Caso Skripal: o ex-espião russo e sua filha forma envenenados em março na Inglaterra (Polícia britânica/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de setembro de 2018 às 12h00.

Haia - O representante da Rússia na Opaq, Alexander Shulgin, disse nesta quarta-feira que os dois suspeitos do ataque ao ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha Yulia identificados pelo Reino Unido não pertencem a seus serviços de inteligência e não têm "qualquer relação com as forças militares russas".

"É uma acusação totalmente infundada. Seguem dizendo que são agentes do GRU (Departamento Central de Inteligência). Negamos totalmente isso, não é verdade", afirmou Shulgin, que qualificou de "absurda" e "surrealista" a acusação britânica que Moscou está por trás dos envenenamentos.

A Rússia convocou hoje os Estados parte da Organização para Proibição de Armas Químicas (Opaq) para uma sessão informativa na qual se ausentaram Reino Unido, Estados Unidos e França.

"Os britânicos querem um esclarecimento da situação por nossa parte e isso representa que devemos dar uma resposta. Se não querem tratar conosco diretamente, podemos fazer através da secretaria técnica" da Opaq, disse o representante russo, embora tenha sugerido que Moscou e Londres "explorem contatos bilaterais".

Com relação ao agente nervoso Novichok, usado por agentes russos para os envenenamentos segundo Londres, Shulgin apresentou um documento de 300 páginas para demonstrar que tal substância "foi utilizada por muitos países ocidentais".

O diplomata fez estas declarações ao deixar a sede da Opaq, em Haia, depois que o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que as autoridades russas conhecem as identidades de Alexander Petrov e Ruslan Boshirov, os dois suspeitos apontados pelo Reino Unido.

"Sabemos quem são; os encontramos", disse o chefe do Kremlin, que ressaltou que ambos são "civis", por isso que pediu que se dirijam aos veículos de imprensa para que contem sua versão, pois não "há nada de criminoso" em suas condutas.

A Promotoria britânica já indicou que não solicitará à Rússia a extradição de Petrov e Boshirov porque a Constituição desse país não permite a entrega de seus cidaãos, mas emitiu uma ordem europeia de detenção.

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