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Rússia nega que Opaq foi impedida de acessar Duma

O porta-voz russo afirmou que a acusação é uma invenção britânica e disse que as dificuldades para acessar Duma são consequências do ataque ocidental

Síria: o porta-voz russo disse que os argumentos apresentados pelos países ocidentais para justificar o ataque a Síria são nulos (Molhem Barakat/Reuters)
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EFE

Publicado em 16 de abril de 2018 às 10h19.

Moscou - A Rússia rejeitou nesta segunda-feira que seria responsável pela demora na chegada dos especialistas da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) à cidade de Duma, na Síria, para investigar o suposto ataque químico de 7 de abril.

"Isso não tem fundamento, são novas invenções de nossos colegas britânicos", disse à imprensa Sergei Ryabkov, vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia.

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O diplomata ressaltou que o acesso dos inspetores a Duma estão sendo dificultados pelas consequências do ataque "ilegal" lançado contra a Síria por EUA, França e Reino Unido.

Ryabkov acrescentou que os especialistas da Opaq, que chegaram à Síria na semana passada, não receberam ainda autorização do departamento de segurança da ONU para seguirem rumo a Duma.

Com isso, o Reino Unido voltou a "jogar toda a culpa" na Rússia, ao acusá-la de algo com o qual não tem nada a ver, afirmou o vice-ministro.

Por outro lado, Ryabkov, que qualificou de "nulos" os argumentos oferecidos por EUA, Reino Unido e França para bombardear a Síria, advertiu que um novo ataque contra o país árabe provocaria uma resposta "mais dura" dos que "defendem o cumprimento do direito internacional".

No ataque a Duma, que aconteceu em 7 de abril, dezenas de pessoas teriam morrido com sintomas de exposição a "agentes tóxicos", segundo diversas ONGs.

A Rússia rejeitou as acusações de que o governo sírio teria usado armas químicas em Duma ao assegurar que o objetivo destas é justificar uma intervenção militar no país árabe.

Moscou, além disso, disse ter "provas irrefutáveis" de que o ataque em Duma foi uma montagem para culpar a Rússia e o regime de Damasco.

Na madrugada de sábado, EUA, Reino Unido e França lançaram um bombardeiro contra alvos supostamente vinculados ao programa químico sírio que a Rússia tachou de "agressão" contra um Estado soberano.

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