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Rússia não participará de investigação internacional sobre caso Skripal

A Rússia propôs realizar uma investigação conjunta com o Reino Unido e a Opaq sobre o caso do ex-espião russo, mas o pedido foi recusado

Opaq: Shulgin, Reino Unido e os EUA votaram contra a participação russa (Umit Bektas/Reuters)

Opaq: Shulgin, Reino Unido e os EUA votaram contra a participação russa (Umit Bektas/Reuters)

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AFP

Publicado em 4 de abril de 2018 às 16h03.

Última atualização em 4 de abril de 2018 às 16h09.

A Rússia anunciou nesta quarta-feira (4) que não conseguiu o apoio da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) para participar da investigação sobre o envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal na Grã-Bretanha.

"Infelizmente não conseguimos obter dois terços dos votos para apoiar essa decisão. Precisávamos de uma maioria qualificada", declarou o embaixador russo Alexander Shulgin.

"A proposta era realizar uma investigação conjunta, com Rússia e Reino Unido, e o diretor-geral da Opaq atuaria como mediador", explicou o representante russo.

Segundo Shulgin, o Reino Unido e os Estados Unidos votaram contra, "seguidos por outros que estão sujeitos à disciplina da UE e da Otan".

Irã, China e algumas nações africanas votaram a favor, assegurou o embaixador.

No total, dos 41 países que compõem o Conselho Executivo da Opaq, 23 votaram a favor da proposta apresentada pela Rússia e Irã, ou se abstiveram, acrescentou o diplomata.

"As máscaras caíram" nessa organização, acusou Shulgin na embaixada russa em Haia.

Outras fontes diplomáticas indicaram à AFP que apenas seis países votaram a favor do projeto russo, 15 contra e 17 abstiveram-se.

Londres havia descrito como "perversa" a proposta de Moscou de realizar em conjunto essa investigação, já que considera que o governo de Vladimir Putin está por trás do envenenamento de Skripal e sua filha Yulia.

Os britânicos conduzem sua própria investigação com a assistência técnica independente da Opaq.

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