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Rússia faz pedido de captura internacional de Khodorkovski

Khodorkovski denunciou que estas acusações têm "motivações políticas" e reiterou várias vezes que não irá se submeter às ordens de de Moscou

O presidente da Rússia: para Mikhail Khodorkovski, a reabertura deste caso tem como objetivo distrair a opinião pública russa dos problemas que o país sofre (Alexei Nikolskyi/SPUTNIK/Kremlin/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2015 às 16h56.

A Rússia emitiu nesta quarta-feira um pedido de captura internacional contra o opositor Mikhail Khodorkovski, exilado em Londres após ter passado dez anos nas prisões russas, e que é acusado de um caso de homicídio que data 1998.

"Foi emitido um pedido de captura internacional contra Mikhail Khodorkovski", afirma um comunicado divulgado pelo porta-voz do comitê de investigação russo, Vladimir Markin.

Khodorkovski denunciou que estas acusações têm "motivações políticas" e reiterou várias vezes que não irá se submeter às ordens de de Moscou.

"Mikhail Khodorkovski não limitará de nenhuma maneira seus deslocamentos por causa de uma decisão dos vampiros do Kremlin", disse à AFP Kulle Pispanen, porta-voz de Khodorkovski.

A justiça russa suspeita que Khodorkovski, ex-presidente executivo do grupo petroleiro Yukos, ordenou o assassinato de um prefeito na Sibéria há 17 anos.

A vítima, Vladimir Petukhov, era prefeito de Nefteyugansk, cidade onde estava instalada uma antiga filial do Yukos, então propriedade de Khodorkovski. O ex-chefe de segurança do Yukos, Alexei Pishuguin, foi condenado em 2007 à prisão perpétua por assassinato.

Khodorkovski é igualmente acusado da tentativa de homicídio de Viaseslav Kokoshkin, guarda costas de Petukhov, que estava com ele no dia dos fatos.

Ficaram loucos

Para Mikhail Khodorkovski, a reabertura deste caso tem como objetivo distrair a opinião pública russa dos problemas que o país sofre.

Os líderes russo "ficaram loucos, me dei conta disto ontem", escreve em seu site o antigo oligarca, ao denunciar as buscas realizadas na véspera pela polícia russa nas residências de vários empregados de seu movimento Open Russia (Rússia Aberta).

Estas buscas estão vinculadas, segundo as autoridades russas, ao procedimento de compensação do desmantelamento do Yukos, e que conduziu nos últimos meses à captura de ativos do Estado russo no exterior.

Os partidários do opositor consideram que a reabertura do caso de 1998 é uma "vingança" em reação a informações reveladas pelo Open Russia sobre uma investigação da justiça espanhola relativa a supostos vínculos entre a máfia russa e o entorno do presidente russo Vladimir Putin.

Mikhail Khodorkovski, que passou cerca de 10 anos na prisão após sua detenção em 2003 e sua condenação por "roubo mediante fraude em grande escala" e "evasão fiscal", saiu da prisão em dezembro de 2013 graças ao perdão de Putin.

Após ter prometido inicialmente não se relacionar com política, o antigo oligarca fundou um movimento destinado a reunir as escassas forças pró-europeias na Rússia, e não excluiu candidatar-se contra Putin na eleição presidencial.

Khodorkovski também convocou no início de dezembro realizar uma "revolução" na Rússia, e denunciou um "golpe de Estado" do presidente Putin, cujo poder considera "ilegítimo".

"Farei tudo o que estiver em minhas mãos para que retorne o Estado de direito e que Putin responda por seus atos diante de um tribunal independente", prometeu, comparando seu caso ao dos dissidentes soviéticos.

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A Rússia emitiu nesta quarta-feira um pedido de captura internacional contra o opositor Mikhail Khodorkovski, exilado em Londres após ter passado dez anos nas prisões russas, e que é acusado de um caso de homicídio que data 1998.

"Foi emitido um pedido de captura internacional contra Mikhail Khodorkovski", afirma um comunicado divulgado pelo porta-voz do comitê de investigação russo, Vladimir Markin.

Khodorkovski denunciou que estas acusações têm "motivações políticas" e reiterou várias vezes que não irá se submeter às ordens de de Moscou.

"Mikhail Khodorkovski não limitará de nenhuma maneira seus deslocamentos por causa de uma decisão dos vampiros do Kremlin", disse à AFP Kulle Pispanen, porta-voz de Khodorkovski.

A justiça russa suspeita que Khodorkovski, ex-presidente executivo do grupo petroleiro Yukos, ordenou o assassinato de um prefeito na Sibéria há 17 anos.

A vítima, Vladimir Petukhov, era prefeito de Nefteyugansk, cidade onde estava instalada uma antiga filial do Yukos, então propriedade de Khodorkovski. O ex-chefe de segurança do Yukos, Alexei Pishuguin, foi condenado em 2007 à prisão perpétua por assassinato.

Khodorkovski é igualmente acusado da tentativa de homicídio de Viaseslav Kokoshkin, guarda costas de Petukhov, que estava com ele no dia dos fatos.

Ficaram loucos

Para Mikhail Khodorkovski, a reabertura deste caso tem como objetivo distrair a opinião pública russa dos problemas que o país sofre.

Os líderes russo "ficaram loucos, me dei conta disto ontem", escreve em seu site o antigo oligarca, ao denunciar as buscas realizadas na véspera pela polícia russa nas residências de vários empregados de seu movimento Open Russia (Rússia Aberta).

Estas buscas estão vinculadas, segundo as autoridades russas, ao procedimento de compensação do desmantelamento do Yukos, e que conduziu nos últimos meses à captura de ativos do Estado russo no exterior.

Os partidários do opositor consideram que a reabertura do caso de 1998 é uma "vingança" em reação a informações reveladas pelo Open Russia sobre uma investigação da justiça espanhola relativa a supostos vínculos entre a máfia russa e o entorno do presidente russo Vladimir Putin.

Mikhail Khodorkovski, que passou cerca de 10 anos na prisão após sua detenção em 2003 e sua condenação por "roubo mediante fraude em grande escala" e "evasão fiscal", saiu da prisão em dezembro de 2013 graças ao perdão de Putin.

Após ter prometido inicialmente não se relacionar com política, o antigo oligarca fundou um movimento destinado a reunir as escassas forças pró-europeias na Rússia, e não excluiu candidatar-se contra Putin na eleição presidencial.

Khodorkovski também convocou no início de dezembro realizar uma "revolução" na Rússia, e denunciou um "golpe de Estado" do presidente Putin, cujo poder considera "ilegítimo".

"Farei tudo o que estiver em minhas mãos para que retorne o Estado de direito e que Putin responda por seus atos diante de um tribunal independente", prometeu, comparando seu caso ao dos dissidentes soviéticos.

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