Rússia expulsa diplomata japonês sob alegação de espionagem
O texto da Tass acrescentou que o diplomata pagou por informações restritas sobre os efeitos das sanções dos países ocidentais no Extremo Oriente da Rússia
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de setembro de 2022 às 16h22.
Última atualização em 27 de setembro de 2022 às 16h27.
O governo do Japão informou que um de seus diplomatas foi vendado e amarrado pelas autoridades russas na cidade de Vladivostok, antes de ser interrogado e depois ter 48 horas para deixar o país.
O Serviço Federal de Segurança da Rússia comunicou que o diplomata, que chamou de cônsul Tatsunori Motoki, foi pego na segunda-feira, 26, pagando informações confidenciais sobre a cooperação de Moscou com um país da região Ásia-Pacífico, de acordo com um comunicado publicado pela agência estatal de notícias russa Tass.
O texto da Tass acrescentou que o diplomata também pagou por informações restritas sobre os efeitos das sanções dos países ocidentais no Extremo Oriente da Rússia.
O ministro das Relações Exteriores do Japão, Yoshimasa Hayashi, disse que o governo de Tóquio foi informado na noite de segunda-feira que o diplomata havia sido declarado persona non grata, com 48 horas para deixar a Rússia.
"Não há absolutamente nenhuma evidência de que o referido funcionário do consulado tenha se envolvido em atividades ilegais como alegado pelo lado russo", disse Hayashi. "O funcionário foi vendado, suas mãos e a cabeça inclinadas para baixo e foi levado imóvel e submetido a um interrogatório intimidante. É extremamente lamentável e inaceitável", disse ele.
Tóquio convocou o embaixador russo para protestar e Hayashi disse que o Japão consideraria uma nova resposta. O Japão aderiu às sanções internacionais contra a Rússia após a invasão da Ucrânia, levando a uma forte deterioração dos laços entre Tóquio e Moscou.
(Estadão com Dow Jones Newswires)
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