Mundo

Rússia estuda condenar anexação da Alemanha Oriental

Presidente do parlamento russo pediu para comissão analisar condenação da "anexação da Alemanha Oriental por parte da Alemanha Ocidental" em 1989


	Mapa da Crimeia com bandeira da Rússia: condenação seria represália a conselho europeu, que questionou a anexação da Crimeia
 (Artur Bainozarov/Reuters)

Mapa da Crimeia com bandeira da Rússia: condenação seria represália a conselho europeu, que questionou a anexação da Crimeia (Artur Bainozarov/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 15h08.

Moscou - O presidente do parlamento russo, Sergei Narychkin, pediu nesta quarta-feira à comissão de Relações Exteriores da Câmara que estude uma possível resolução de condenação da "anexação da Alemanha Oriental por parte da Alemanha Ocidental" em 1989.

Esta decisão seria uma medida de represália contra a presidente da assembleia parlamentar do Conselho da Europa (APCE), Anne Brasseur, que classificou de anexação a tomada de controle da Crimeia pelas forças russas, após um referendo questionado em março passado sobre a união dessa península ucraniana à Rússia.

"Ao contrário da Crimeia, não foi organizado um referendo na RDA", alegou Narychkin.

"Se a união da Crimeia à Rússia é considerada uma anexação, então se pode dizer que a RDA foi anexada pela RFA", acrescentou.

"De que anexação estamos falando?", questionou o último dirigente da União Soviética, Mikhail Gorbachev, que permitiu a queda do Muro de Berlim e a reunificação pacífica da Alemanha.

"Não se pode simplificar a visão do passado nem julgar o passado em função da situação atual", explicou, citado pela agência Interfax.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaÁsiaCrimeiaEuropaPaíses ricosRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia