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Rússia e China reforçam relação bilateral

O novo chefe de Estado chinês, Xi Jinping, iniciou a viagem de três dias a Rússia com uma visita ao Kremlin

Putin recebe Xi em Moscou: "somos bons amigos, as relações entre Rússia e China nunca foram tão boas", afirmou Xi  (Alexander Zemlianichenko/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de março de 2013 às 12h53.

Moscou - O presidente russo, Vladimir Putin, e seu colega chinês, Xi Jinping, destacaram nesta sexta-feira sua excelente relação bilateral, que deve se materializar em acordos econômicos, na primeira viagem ao exterior do novo chefe de Estado chinês.

Xi iniciou a viagem de três dias a Rússia com uma visita ao Kremlin, ao lado da esposa Peng Liyuan, uma famosa cantora que provocou grande sensação com o sorriso e elegância.

"Agradecemos sua decisão de ter escolhido nosso país para sua primeira visita ao exterior", declarou Putin.

"Somos bons amigos, as relações entre Rússia e China nunca foram tão boas", afirmou Xi Jinping, que assumiu a presidência na semana passada.

Depois de tomar posse na semana passada, Xi respondeu ao convite do colega Putin, que viajou a China em junho de 2012, menos de um mês depois de voltar ao poder.

Nas últimas duas décadas, a economia dominou a relação bilateral. Moscou vendeu a Pequim tecnologia militar e espacial, além de petróleo, enquanto importava em grande quantidade produtos de consumo chineses.

"Nos últimos 20 anos, o comércio bilateral multiplicou por 14 e alcançou no ano passado o valor recorde de 88,2 bilhões de dólares", destacou o chefe de Estado chinês.

Uma das prioridades é elevar o comércio a 100 bilhões de dólares até 2015 e "desenvolver a colaboração estratégica", completou.


Durante a visita, os dois presidentes assinarão um acordo sobre o aumento de fornecimento de petróleo a China, anunciou o ministro russo da Energia, Alexander Novak.

"Atualmente fornecemos 15 milhões de toneladas por ano, e 50 milhões não é um objetivo inacessível", declarou o presidente da petroleira russa Rosneft, Igor Sechin.

"A China é um mercado prioritário", completou Sechin, ligado a Putin.

"Os projetos econômicos reavivarão nossos vínculos, paralisados nos últimos anos", declarou à AFP Serguei Sanakoiev, secretário para promoção do comércio de produtos industriais da Câmara China-Rússia.

A Rússia, que busca diversificar as vendas de combustíveis para fora da Europa, deseja ainda concluir um acordo que permitiria vender a China quase 70 bilhões de metros cúbicos de gás nos próximos 30 anos.

O porta-voz da empresa russa Gazprom, Serguei Kuprianov, citou a possibilidade de assinatura de um acordo durante a visita.

Moscou e Pequim também assinarão um acordo preliminar que permitirá a grupos chineses participar no desenvolvimento do extremo oriente russo, além de investimentos na construção de estradas e em projetos de telecomunicações, destacou Sanakoiev.

De acordo com Dimitri Trenin, do centro de estudos Carnegie de Moscou, Pequim buscará com esta visita reforçar os vínculos com a Rússia para ganhar status internacional.

"As relações (de Pequim) com Estados Unidos são complicadas, há uma ruptura com o Japão e as coisas não são fáceis com a Índia", afirmou à AFP.

Putin e Xi também devem conversar sobre a Síria, da qual os dois países são aliados, e sobre a Coreia do Norte, que executou no mês passado o terceiro teste nuclear.

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Moscou - O presidente russo, Vladimir Putin, e seu colega chinês, Xi Jinping, destacaram nesta sexta-feira sua excelente relação bilateral, que deve se materializar em acordos econômicos, na primeira viagem ao exterior do novo chefe de Estado chinês.

Xi iniciou a viagem de três dias a Rússia com uma visita ao Kremlin, ao lado da esposa Peng Liyuan, uma famosa cantora que provocou grande sensação com o sorriso e elegância.

"Agradecemos sua decisão de ter escolhido nosso país para sua primeira visita ao exterior", declarou Putin.

"Somos bons amigos, as relações entre Rússia e China nunca foram tão boas", afirmou Xi Jinping, que assumiu a presidência na semana passada.

Depois de tomar posse na semana passada, Xi respondeu ao convite do colega Putin, que viajou a China em junho de 2012, menos de um mês depois de voltar ao poder.

Nas últimas duas décadas, a economia dominou a relação bilateral. Moscou vendeu a Pequim tecnologia militar e espacial, além de petróleo, enquanto importava em grande quantidade produtos de consumo chineses.

"Nos últimos 20 anos, o comércio bilateral multiplicou por 14 e alcançou no ano passado o valor recorde de 88,2 bilhões de dólares", destacou o chefe de Estado chinês.

Uma das prioridades é elevar o comércio a 100 bilhões de dólares até 2015 e "desenvolver a colaboração estratégica", completou.


Durante a visita, os dois presidentes assinarão um acordo sobre o aumento de fornecimento de petróleo a China, anunciou o ministro russo da Energia, Alexander Novak.

"Atualmente fornecemos 15 milhões de toneladas por ano, e 50 milhões não é um objetivo inacessível", declarou o presidente da petroleira russa Rosneft, Igor Sechin.

"A China é um mercado prioritário", completou Sechin, ligado a Putin.

"Os projetos econômicos reavivarão nossos vínculos, paralisados nos últimos anos", declarou à AFP Serguei Sanakoiev, secretário para promoção do comércio de produtos industriais da Câmara China-Rússia.

A Rússia, que busca diversificar as vendas de combustíveis para fora da Europa, deseja ainda concluir um acordo que permitiria vender a China quase 70 bilhões de metros cúbicos de gás nos próximos 30 anos.

O porta-voz da empresa russa Gazprom, Serguei Kuprianov, citou a possibilidade de assinatura de um acordo durante a visita.

Moscou e Pequim também assinarão um acordo preliminar que permitirá a grupos chineses participar no desenvolvimento do extremo oriente russo, além de investimentos na construção de estradas e em projetos de telecomunicações, destacou Sanakoiev.

De acordo com Dimitri Trenin, do centro de estudos Carnegie de Moscou, Pequim buscará com esta visita reforçar os vínculos com a Rússia para ganhar status internacional.

"As relações (de Pequim) com Estados Unidos são complicadas, há uma ruptura com o Japão e as coisas não são fáceis com a Índia", afirmou à AFP.

Putin e Xi também devem conversar sobre a Síria, da qual os dois países são aliados, e sobre a Coreia do Norte, que executou no mês passado o terceiro teste nuclear.

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