Rússia diz que seria "absurdo" deixar de apoiar Assad na Síria
Ao defender a posição russa sobre o país, o porta-voz do Kremlin destacou que "Assad é um dirigente legítimo da Síria"
EFE
Publicado em 12 de abril de 2017 às 09h19.
Moscou - O Kremlin tachou nesta quarta-feira de "absurdo" deixar de apoiar o presidente sírio Bashar Al-Assad, uma exigência feita pelos Estados Unidos, porque seria desistir da luta contra o Estado Islâmico (EI) e outros grupos terroristas que agem no país árabe.
"Assad é um dirigente legítimo da Síria", e o "exército que comanda participa diretamente da luta contra os terroristas internacionais que agora mesmo ocupam grande parte do território sírio, enquanto a Rússia apoia essa luta antiterrorista", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
"Neste contexto, propor que a Rússia deixe de apoiar Assad e seus esforços na luta contra o EI soa absurdo", acrescentou o porta-voz do Kremlin.
Peskov não descartou, além disso, que o presidente russo, Vladimir Putin, receba hoje o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, reunido agora mesmo em Moscou com seu colega russo, Serguéi Lavrov.
"Existe essa possibilidade. Agora mesmo acontecem as conversações entre Lavrov e Tillerson e se eles considerarem oportuno, talvez ocorra tal reunião", precisou.
Ao início do encontro entre Lavrov e Tillerson, o chefe da diplomacia russa disse a seu colega que os EUA não questionem de que lado a Rússia está.
Tillerson chegou a Moscou com um ultimato ao Kremlin para que deixe de apoiar o regime de Assad, a quem o presidente dos EUA, Donald Trump, chamou de "animal" em uma entrevista concedida à rede "Fox".