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Rússia diz que acabou cooperação antiterrorista com Ocidente

A única exceção é a cooperação entre os serviços secretos russos e europeus para trocar informação sobre as atividades terroristas no mundo todo


	Crimeia: "Após os incidentes na Crimeia, praticamente rompeu a cooperação antiterrorista entre Ocidente e Estados Unidos"
 (Baz Ratner/Reuters)

Crimeia: "Após os incidentes na Crimeia, praticamente rompeu a cooperação antiterrorista entre Ocidente e Estados Unidos" (Baz Ratner/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2015 às 08h14.

Moscou - A cooperação antiterrorista entre Rússia e Ocidente praticamente se rompeu após a crise na Ucrânia, lamentou nesta segunda-feira o vice-ministro de Relações Exteriores russo, Oleg Siromolotov.

"Após os incidentes na Crimeia (anexa pela Rússia em 2014), praticamente rompeu a cooperação antiterrorista entre Ocidente e Estados Unidos", disse o diplomata durante uma reunião de trabalho no Senado russo.

A única exceção, acrescentou, é a cooperação entre os serviços secretos russos e europeus para trocar informação sobre as atividades terroristas no mundo todo, que não se interromperam "inclusive com os contatos suspensos" em nível oficial.

O presidente russo, Vladimir Putin, insistiu hoje na urgência de se criar uma autêntica união de toda a comunidade internacional para enfrentar o terrorismo. A declaração foi feita em reunião bilateral com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, durante a cúpula do G20 que se encerra nesta segunda-feira na cidade turca de Antalya.

Cameron concordou com o chefe do Kremlin sobre a necessidade de os dois países "trabalharem juntos para lutar contra o terrorismo".

Rússia e Ocidente, com Estados Unidos e Reino Unido como líderes, mantêm grandes divergências sobre como resolver a crise síria e enfrentar os jihadistas, sobretudo depois que Moscou iniciou sua campanha de bombardeios em território do país árabe para apoiar uma ofensiva terrestre do exército sírio.

O Reino Unido, da mesma forma que outros países ocidentais e árabes, acusa o Kremlin de atacar posições da oposição moderada síria com o pretexto de lutar contra os jihadistas do Estado Islâmico.

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