Vladimir Putin: Presidente russo demonstrou preocupação sobre a segurança da Coreia do Norte (Tyrone Siu/Reuters)
Reuters
Publicado em 3 de setembro de 2017 às 16h47.
Moscou - A Rússia disse estar pronta para participar de negociações para tentar resolver a questão da Coreia do Norte, mas ainda não viu nenhum impacto positivo das sanções contra o governo norte-coreano, disse um porta-voz do governo russo, no domingo (3).
O Conselho de Segurança das Nações Unidas, por unanimidade, impôs novas sanções à Coreia do Norte no início de julho devido a dois testes de mísseis balísticos intercontinentais. As sanções teriam o potencial de reduzir em um terço a receita anual de exportações de 3 bilhões de dólares do país asiático, mas a Rússia questiona sua eficácia.
"As sanções impostas não criaram nenhum resultado positivo. Pelo contrário, a situação deixou a desejar", disse o porta-voz Dmitry Peskov.
Quando questionado se a Rússia apoiaria novas sanções contra a Coreia do Norte, após ter realizado um teste com bomba nuclear no domingo, Peskov disse: "A Federação Russa está pronta para participar de todas as discussões sobre os problemas da Coreia do Norte dentro da estrutura do Conselho de Segurança das Nações Unidas e em outras".
Ele disse que era prematuro falar de "modalidades específicas" das possíveis ações da Rússia antes das novas conversas sobre a Coreia do Norte.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, que agora está na China para uma Cúpula dos Líderes do Brics, discutiu o teste nuclear com o presidente chinês, Xi Jinping, na manhã do domingo. Ambos os líderes expressaram suas profundas preocupações sobre a segurança na Península Coreana.
Mais tarde, Putin também telefonou ao primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e ambos condenaram o teste de bomba do governo norte-coreano, disse Peskov.
"Vladimir Putin disse que a comunidade internacional deve evitar ser dominada pela emoção, e que deve agir com calma e prudência. Ele também destacou que uma solução complexa dos problemas nucleares e outros da Península Coreana poderia ser alcançada unicamente por meios políticos e diplomáticos", declarou.