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Rússia denuncia uso intenso de armas químicas por jihadistas

A porta-voz advertiu que existe a ameaça de uma ampliação do número de substâncias químicas utilizadas nas zonas de combate


	Especialistas em armas químicas da ONU na Síria: "O uso de agentes químicos por parte dos islamitas em suas ações militares adquiriu um caráter em massa, sistemático e além da fronteira"
 (Mohamed Abdullah/Reuters)

Especialistas em armas químicas da ONU na Síria: "O uso de agentes químicos por parte dos islamitas em suas ações militares adquiriu um caráter em massa, sistemático e além da fronteira" (Mohamed Abdullah/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2015 às 14h38.

Moscou - A Rússia denunciou nesta quinta-feira o uso em massa de armas químicas no Oriente Médio por parte de grupos jihadistas como o Estado Islâmico (EI), atividades terroristas que ameaçam se propagar além dessa região.

"O uso de agentes químicos por parte dos islamitas em suas ações militares adquiriu um caráter em massa, sistemático e além da fronteira", disse Maria Zajarova, porta-voz da Chancelaria russa, em entrevista coletiva.

A porta-voz advertiu que existe a ameaça de uma ampliação do número de substâncias químicas utilizadas nas zonas de combate, dado que os jihadistas passaram a um novo nível tecnológico nesse âmbito.

Zajarova precisou que "existem dados que o Estado Islâmico teve acesso a documentos técnico-científicos sobre a fabricação de armas químicas".

A diplomata russa também disse que o EI -que tomou território do Iraque e Síria- também controla várias usinas químicas, além de recrutar especialistas estrangeiros para produzir "substâncias tóxicas de combate".

Na sua opinião, o acesso de organizações não estatais a esse potencial químico-militar proibido pelas convenções internacionais pode ser um fator desestabilizador de todo Oriente Médio.

"Surge uma ameaça muito grave de propagação da geografia de dita classe de atividades terroristas fora das fronteiras da Síria e Iraque e, no pior dos casos, fora da região do Oriente Médio", alertou.

Zajarova considera que o Conselho de Segurança da ONU "deve reagir como é devido perante tais ameaças".

"A ONU e a Organização Internacional para a Proibição das Armas Químicas não podem ficar à margem do problema das atividades terroristas além das fronteiras com uso de armas químicas", ressaltou.

O grupo Estado Islâmico foi acusado pelas chancelarias ocidentais de utilizar agentes químicos, como o cloro, contra seus inimigos em território sírio. 

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