Rússia: país negou veementemente o envolvimento no incidente com envenenamento (Sergei Karpukhin/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de março de 2018 às 18h59.
Última atualização em 27 de março de 2018 às 08h17.
Varsóvia - A porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que o Reino Unido tornou outros países europeus "reféns" da política anti-Rússia.
Em declarações televisionadas, Zakharova afirmou que os britânicos não forneceram quaisquer evidências para apoiar as acusações do envolvimento de Moscou no envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha.
Os Estados Unidos, o Canadá e mais de uma dúzia de países europeus se uniram ao Reino Unido para expulsar diplomatas russos, em uma demonstração de solidariedade sobre o envenenamento.
A Rússia negou veementemente o envolvimento no incidente e advertiu que responderá da mesma forma. Zakharova alegou que "forças poderosas" no Reino Unido e nos EUA estavam por trás do ataque, que ela chamou de "provocação", visando desencadear uma campanha "russofóbica".
Já a primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou que, até o momento, 18 países anunciaram a expulsão de mais de 100 agentes de inteligência russos em resposta ao envenenamento do ex-espião.
Na Câmara dos Comuns, May disse que a ação "é a maior expulsão coletiva de oficiais de inteligência russos da história". Para ela, o comportamento "cada vez mais agressivo" da Rússia é uma ameaça à segurança coletiva do Ocidente.
Durante sua fala, a premiê do Reino Unido também comentou que o Skripal e sua filha podem nunca se recuperar do ataque realizado com um agente químico. "É improvável que sua condição mude em um futuro próximo, e eles podem nunca se recuperar totalmente", afirmou.
De acordo com May, mais de 130 pessoas da cidade de Salisbury podem ter sido exposta ao agente nervoso usado para envenenar Skripal. Mais de 50 pessoas foram levadas a hospitais.