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Rússia critica hipocrisia dos ocidentais sobre Ucrânia

Hipocrisia dos países ocidentais a respeito dos acontecimentos na Ucrânia supera os limites, disse o ministro russo das Relações Exteriores


	Ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov: "a hipocrisia supera os limites"
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Ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov: "a hipocrisia supera os limites" (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2014 às 09h02.

Moscou - A "hipocrisia" dos países ocidentais a respeito dos acontecimentos na Ucrânia "supera os limites", afirmou nesta segunda-feira o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.

"A violência em Maidan (a praça de Kiev centro das manifestações pró-Ocidente), que terminou com dezenas e dezenas de mortos, era considerada democracia, enquanto se fala de terrorismo sobre as manifestações pacíficas que acontecem neste momento no sudeste da Ucrânia", declarou Lavrov.

"A hipocrisia supera os limites", completou o chefe da diplomacia russa.

Lavrov disse ainda que a Rússia "pediu há muito tempo aos ocidentais uma reação adequada" sobre os acontecimentos na Ucrânia. Mas, completou, "não ouvimos nenhuma reação, só escutamos apelos à Rússia para que cesse sua ingerência".

O chefe da diplomacia russa reiterou a advertência do país ao uso da força contra os ativistas pró-Moscou no leste da Ucrânia.

"Afirmamos claramente que o uso da força contra os manifestantes questionaria seriamente as perspectivas de cooperação na resolução da crise da Ucrânia", declarou Lavrov.

Na mesma entrevista, Lavrov afirmou que a Rússia pediu explicações aos Estados Unidos sobre uma suposta visita a Ucrânia do diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), John Brennan.

"Queremos entender o que significam as informações sobre uma visita urgente a Kiev do diretor da CIA", disse Lavrov.

"Até o momento não nos apresentaram nenhuma explicação convincente", completou.

Vários ataques coordenados foram lançados no sábado em cidades do leste da Ucrânia de língua russa, uma região de fronteira com a Federação Russa, por homens armados que usavam uniformes sem emblemas.

O aumento da tensão provocou o temor de que Moscou aproveite a oportunidade para uma intervenção militar, depois que o presidente Vladimir Putin afirmou que pretende defender "a qualquer preço" os cidadãos russos nos países da ex-União Soviética.

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