Mundo

Rússia convida EUA como país observador em reunião sobre Síria

O embaixador dos EUA em Moscou, John Tefft, recebeu o convite das mãos do vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia

EUA: a princípio, participarão da reunião na capital do Cazaquistão os principais grupos insurgentes (Shannon Stapleton/Reuters)

EUA: a princípio, participarão da reunião na capital do Cazaquistão os principais grupos insurgentes (Shannon Stapleton/Reuters)

E

EFE

Publicado em 19 de janeiro de 2017 às 11h56.

Moscou - A Rússia entregou nesta quinta-feira aos Estados Unidos o convite para no próximo 23 de janeiro comparecer à reunião entre o regime de Bashar al-Assad e a oposição síria em Astana como país observador, apesar da objeção do Irã.

O embaixador dos EUA em Moscou, John Tefft, recebeu o convite das mãos do vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Bogdanov, segundo a imprensa local.

"Entregamos o convite assinado por nossos amigos do Cazaquistão", disse Bogdanov.

O chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, afirmou na quarta-feira que Teerã se opõe terminantemente à participação dos EUA nas negociações.

A Síria, que será representada pelo embaixador sírio na ONU, Bashar Jaafari, também impôs seus vetos, já que é contra a presença de Arábia Saudita e Catar, acusados por Damasco de apoiar os jihadistas.

"Quando Catar e Arábia Saudita deixarem de apoiar o terrorismo, discutiremos o sua participação nas conversas", afirmou o vice-ministro de Relações Exteriores da Síria, Faisal Miqdad.

A princípio, participarão da reunião na capital do Cazaquistão os principais grupos insurgentes, com a exceção do Movimento Islâmico dos Livres de Sham, uma das facções armadas mais importantes da oposição.

Para justificar a ausência, Bogdanov explicou que só serão convidados os grupos opositores que apoiaram o cessar-fogo que entrou em vigor em 30 de dezembro com mediação russa e turca.

Por sua vez, Assad afirmou que o objetivo das negociações de Astana é garantir a trégua com um acordo entre governo e oposição para o fim das hostilidades.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)GuerrasRússiaSíria

Mais de Mundo

Putin pede desculpas por queda de avião da Azerbaijan Airlines

Crise política afeta economia da Coreia do Sul

Geórgia se prepara para a posse de um presidente com posições ultraconservadoras e antiocidentais

Ataques israelenses matam ao menos 48 pessoas na Faixa de Gaza nas últimas 24h