Mundo

Rússia considera "inadmissíveis" sanções de EUA a oligarcas e funcionários

Presidente da Câmara dos Deputados russo disse que autoridades dos EUA violaram, em mais de uma ocasião, os princípios que regem o comércio internacional

Rússia: "Os homens de negócios que se viram afetados pelas sanções devem ser apoiados", diz Volodin (Mike Segar/Reuters)

Rússia: "Os homens de negócios que se viram afetados pelas sanções devem ser apoiados", diz Volodin (Mike Segar/Reuters)

E

EFE

Publicado em 6 de abril de 2018 às 17h00.

A Rússia considerou nesta sexta-feira "inadmissíveis" as sanções econômicas emitidas nos Estados Unidos contra sete oligarcas e 17 funcionários russos, entre eles o genro do presidente Vladimir Putin.

"As autoridades dos EUA violaram em mais de uma ocasião o direito internacional e os princípios que regem o comércio internacional. Isto é absolutamente inadmissível", disse Viacheslav Volodin, presidente da Duma, a Câmara dos Deputados russa, à imprensa local.

Volodin afirmou também que "os homens de negócios que se viram afetados pelas sanções devem ser apoiados" em prol do crescimento econômico e da criação de postos de trabalho.

"Juntos encontraremos uma solução que permita aos líderes do empresariado russo desenvolver-se mais ativamente no nosso território", acrescentou.

O presidente da Câmara dos Deputados opinou que o objetivo das sanções norte-americanas e das listas de sancionados é "debilitar nosso país e sua economia".

"As sanções contra destacados empresários do país são um reconhecimento dos seus negócios. Todos são reconhecidos como pessoas bem-sucedidas, ativos atores do mercado. Através das sanções se tenta prejudicar tantos seus negócios como o desenvolvimento econômico do país", ressaltou.

Por sua vez, a embaixada russa nos EUA emitiu um comunicado no qual acusou Washington de tentar dividir a sociedade russa, mas acrescentou que não conseguirá alcançar esse objetivo.

"Washington abalou novamente as relações russo-americanos. Agora sob as sanções caíram os capitães do empresariado russo que se negam a jogar seguindo as regras impostas pelos EUA", considerou.

Além disso, a nota denuncia que as sanções estão, na realidade, dirigidas contra "as milhares de pessoas que trabalham nas empresas que entraram em uma outra lista negra".

O governo dos EUA impôs hoje sanções econômicas contra oligarcas e funcionários russos pela sua participação "em ações perversas no mundo todo", incluindo "a tentativa de minar as democracias ocidentais".

Entre os sancionados estão Kirill Shamalov, genro de Putin e um dos principais acionistas da empresa energética Sibur, e o multimilionário Oleg Deripaska, fundador da empresa elétrica En+ Group.

Várias das corporações afetadas pelas sanções, como a Rosoboronexport, que se dedica à exportação de armamentos, negaram hoje que as sanções possam repercutir nas suas operações.

O presidente do consórcio Gazprom, Alexei Miller, se congratulou de ter sido incluído na lista de sancionados: "Significa que fazemos tudo certo".

Como consequência, ficam congelados os ativos que estas pessoas e entidades possam ter sob jurisdição americana e proibidas as transações financeiras com eles.

Acompanhe tudo sobre:Comércio exteriorEstados Unidos (EUA)Guerras comerciaisRússia

Mais de Mundo

Eleições EUA: Quem foi o presidente mais velho dos EUA

Coreia do Norte lança vários mísseis de curto alcance no Mar do Japão

Sindicato da Boeing aceita acordo e anuncia fim de greve de sete semanas

Inteligência dos EUA diz que infraestrutura eleitoral do país "nunca esteve tão segura"