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Rússia faz maior bombardeio a Kiev em meses em retaliação a ataque contra ponte na Crimeia

Os ataques encerram meses de relativa calmaria na capital ucraniana e acontecem dias após uma explosão ter danificado a ponte de Kerch, que liga a Rússia ao território anexado da Crimeia

Homem no shopping destruído de Retroville, em Kiev: ao menos oito mortos no bombardeio (ARIS MESSINIS/AFP)

Homem no shopping destruído de Retroville, em Kiev: ao menos oito mortos no bombardeio (ARIS MESSINIS/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de outubro de 2022 às 07h41.

Última atualização em 10 de outubro de 2022 às 08h30.

A Rússia lançou nesta segunda-feira (10) uma série de ataques aéreos contra cidades por toda a Ucrânia, incluindo áreas distantes das frentes de batalha, como a capital Kiev. Os ataques são os mais amplos desde o início do conflito, dois dias depois de uma explosão derrubar um trecho da ponte estratégica que liga a Península da Crimeia ao território continental russo.

Desde junho, a capital ucraniana não era alvo dos bombardeios que atingem o país em meio à guerra com a Rússia. Somente no primeiro bombardeio, ao menos oito pessoas morreram e outras 24 ficaram feridas, segundo o conselheiro-chefe do Ministério de Assuntos Internos da Ucrânia, Rostislav Smirnov.

Ao menos 75 mísseis, segundo o Exército ucraniano, atingiram alvos em centros urbanos como Kiev, Lviv, Ternopil, e Zitomir, no oeste do país, Dnipro e Krementchuk, na região central, e Mikolaiv e Zaporizhia, no sul. A capital registrou ao menos quatro explosões, e ao menos cinco pessoas morreram.

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Retaliação

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta segunda-feira que o bombardeio foi em retaliação a um ataque no sábado (8) que destruiu parcialmente a ponte do Estreito de Kerch, que liga o território russo à Península da Crimeia e é um importante ativo logístico de Moscou na guerra. Como fez no fim de semana, Putin referiu-se ao episódio da ponte como "ataque terrorista". 

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