Rússia ataca Kiev com mais de 70 drones e ocupa recorde de km² da Ucrânia

Kiev foi alvo de um ataque de drones russos durante a noite desta sexta-feira, 1º, e a madrugada deste sábado, 2, horas antes de novas explosões serem ouvidas na capital ucraniana e outras regiões do país. Mais cedo, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou ter avançado sobre duas novas cidades no Leste da Ucrânia.

— Infelizmente, o ataque de drones russos causou danos e vítimas em vários distritos de Kiev — disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. — Os constantes ataques terroristas às cidades ucranianas provam que a pressão sobre a Rússia e os seus cúmplices não é suficiente.

Em comunicado, Moscou afirma ter "libertado" a grande Kurajivka, perto da cidade industrial de Kurakhov, na região oriental de Donetsk, que a Rússia pretende conquistar. As tropas de Vladimir Putin também reivindicaram o controle da pequena Pershotravneve, na região de Kharkiv, perto da região oriental de Lugansk.

Uma análise da AFP baseada e dados do Instituto Americano para o Estudo da Guerra (ISW) mostrou que o Exército russo capturou 478 quilômetros quadrados de território ucraniano em outubro — um recorde desde as primeiras semanas do conflito, deflagrado em março de 2022.

Jornalistas da AFP ouviram novas explosões em Kiev na tarde deste sábado, depois que um alerta de ataque aéreo foi emitido. Pela manhã, a Força Aérea Ucraniana disse ter abatido 39 dos 71 drones lançados da Rússia durante a noite.

Submarino nuclear russo em Cuba

1 /5Fuzileiros navais russos caminham no topo do submarino nuclear russo Kazan, parte do destacamento naval russo em visita a Cuba, no porto de Havana em 14 de junho de 2024. A implantação incomum dos militares russos tão perto dos Estados Unidos — particularmente o poderoso submarino — ocorre em meio a grandes tensões sobre a guerra na Ucrânia, onde o governo apoiado pelo Ocidente está lutando contra uma invasão russa.(Submarino nuclear russo Kazan, parte do destacamento naval russo em visita a Cuba)

2 /5Fuzileiros navais russos caminham no topo do submarino nuclear russo Kazan, parte do destacamento naval russo em visita a Cuba, no porto de Havana em 14 de junho de 2024. A implantação incomum dos militares russos tão perto dos Estados Unidos — particularmente o poderoso submarino — ocorre em meio a grandes tensões sobre a guerra na Ucrânia, onde o governo apoiado pelo Ocidente está lutando contra uma invasão russa.(Submarino nuclear russo Kazan, parte do destacamento naval russo em visita a Cuba)

3 /5Fuzileiros navais russos caminham no topo do submarino nuclear russo Kazan, parte do destacamento naval russo em visita a Cuba, no porto de Havana em 14 de junho de 2024. A implantação incomum dos militares russos tão perto dos Estados Unidos — particularmente o poderoso submarino — ocorre em meio a grandes tensões sobre a guerra na Ucrânia, onde o governo apoiado pelo Ocidente está lutando contra uma invasão russa.(Submarino nuclear russo Kazan, parte do destacamento naval russo em visita a Cuba)

4 /5Fuzileiros navais russos caminham no topo do submarino nuclear russo Kazan, parte do destacamento naval russo em visita a Cuba, no porto de Havana em 14 de junho de 2024. A implantação incomum dos militares russos tão perto dos Estados Unidos — particularmente o poderoso submarino — ocorre em meio a grandes tensões sobre a guerra na Ucrânia, onde o governo apoiado pelo Ocidente está lutando contra uma invasão russa.(Submarino nuclear russo Kazan, parte do destacamento naval russo em visita a Cuba)

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Os drones visaram à região que rodeia a capital, o setor fronteiriço de Sumy, no Nordeste do país, bem como as regiões centrais de Kirovograd e Poltava.

Vinte e um drones foram perdidos e cinco foram "devolvidos" à Rússia, disse a Força Aérea, acrescentando que o ataque com drones continuou depois disso. Kiev afirmou que os destroços dos drones abatidos danificaram casas e edifícios em quatro regiões, incluindo Kiev, Sumy e a área da cidade portuária de Odessa, no Sudoeste ucraniano.

De acordo com a administração militar de Kiev, destroços de drones abatidos pelas defesas aéreas caíram em seis distritos da capital, provocando vários incêndios em edifícios, que foram extintos.

Um policial ficou ferido, segundo a administração. Na região de Kiev, fora da capital, uma mulher de 82 anos foi atingida na cabeça por estilhaços.

Numa aldeia perto da cidade de Kherson, no Sul do país, uma mulher de 40 anos foi retirada dos escombros após disparos de artilharia das tropas russas. Outras quatro pessoas ficaram feridas, incluindo três crianças, disse o governador Oleksandr Prokudin.

O Ministério da Saúde disse que um hospital em Kherson foi atingido, danificando duas enfermarias e um laboratório. A equipe médica e os pacientes, que conseguiram se abrigar, saíram ilesos do ataque.

O comandante-chefe do Exército ucraniano, Oleksandr Syrsky, disse neste sábado que as suas tropas no terreno estavam “repelindo uma das mais poderosas ofensivas russas desde o início da invasão em grande escala”.