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Rússia apresentará resolução na ONU para acesso da Opaq a Duma

Convidamos analistas da Opaq a se deslocar à região e insistiremos para que realizem essa visita, afirmou o ministro de Relações Exteriores da Rússia

Ataque químico: o governo sírio é suspeito de ser responsável pelo suposto ataque químico em Duma (Helmets/Handout via REUTERS/Reuters)

Ataque químico: o governo sírio é suspeito de ser responsável pelo suposto ataque químico em Duma (Helmets/Handout via REUTERS/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de abril de 2018 às 11h40.

Moscou - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, informou que seu país apresentará nesta terça-feira no Conselho de Segurança da ONU uma resolução para o acesso dos especialistas da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) ao local do suposto ataque químico na cidade síria de Duma.

"Convidamos analistas da Opaq a se deslocar à região e insistiremos para que realizem essa visita", disse Lavrov em entrevista coletiva.

O ministro russo explicou que o projeto da resolução, que incluirá "um convite do governo sírio", garantirá a segurança tanto dos analistas como das provas recolhidas "para que tudo seja transparente e limpo".

"Não podemos mais confiar nos resultados de investigações à distância, como ocorreu há um ano em Khan Shaykhun", afirmou Lavrov.

O chefe da diplomacia russa negou que os analistas internacionais tenham que temer por sua segurança, já que "Duma já foi libertada completamente de rebeldes e está sob o controle das forças governamentais".

"Os observadores militares russos, a polícia militar russa também se encontram no terreno, e se garantias de segurança são necessárias para os inspetores da Opaq, haverá", explicou.

Lavrov advertiu que se os países interessados impedem os analistas de viajar a Duma com a desculpa da falta de segurança, então esse será seu "veredicto", já que assim admitirão que "estabelecer a verdade não lhes interessa" nem neste caso, nem no de Khan Shaykhun, nem no caso Skripal.

A Opaq informou que já começou a investigar o suposto ataque perpetrado no sábado pelas forças leais ao regime de Bashar al Assad com armas químicas em Duma, no qual teriam morrido pelo menos 42 civis e outros 500 teriam ficado feridos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu responder "contundentemente" ao ataque e informou que tomará uma decisão em breve sobre qual medida tomará como represália.

"Temos muitas opções, em termos militares, e lhes avisaremos muito em breve (qual escolhemos), provavelmente depois de agir", disse Trump aos jornalistas ao se reunir na Casa Branca com membros do alto escalão do Pentágono para conversar sobre a Síria.

Há quase um ano, Trump ordenou lançar dezenas de mísseis contra a base aérea síria da Al Shayrat, em Homs, como represália pelo ataque químico na cidade de Khan Shaykhun, onde morreram mais de 80 pessoas e pelo qual a ONU responsabilizou o governo de Damasco.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, saiu ontem em defesa de Assad e tachou de "inadmissíveis" as acusações de que o líder sírio está por trás desse ataque, incriminações que tachou de "provocações" e "especulações".

 

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