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Rússia ameaça companhias aéreas ocidentais

O país poderá responder a novas sanções proibindo as companhias aéreas ocidentais de sobrevoar seu território, diz primeiro-ministro


	Dmitry Medvedev: "se nos forem impostas novas sanções, devemos responder",
 (Dmitry Astakhov/AFP)

Dmitry Medvedev: "se nos forem impostas novas sanções, devemos responder", (Dmitry Astakhov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2014 às 09h10.

Moscou - O primeiro-ministro russo, Dimitri Medvedev, advertiu que a Rússia responderá a novas sanções proibindo as companhias aéreas ocidentais de sobrevoar seu território, nos voos entre Europa e Ásia, o que pode aumentar consideravelmente os custos.

"Em caso de sanções vinculadas ao setor energético, ou que prevejam novas restrições para nosso setor financeiro, será preciso responder de forma assimétrica", adverte Medvedev em uma entrevista nesta segunda-feira no site do jornal russo Vedomosti.

Diante da União Europeia, que prevê adotar formalmente novas sanções contra a Rússia por seu papel no conflito da Ucrânia, o chefe de governo citou, "por exemplo, limitações no setor aéreo".

"Se nos forem impostas novas sanções, devemos responder", disse.

Uma proibição de sobrevoar o espaço aéreo russo "pode provocar a quebra de muitas companhias, que agora mal conseguem sobreviver", comentou Medevedev.

A Rússia já havia advertido no início de agosto que cogitava proibir as companhias ocidentais de sobrevoar seu território, que constitui a rota mais curta nos trajetos entre Europa e Ásia. Isso elevaria consideravelmente em várias dezenas de milhares de euros o custo do combustível para as companhias.

Medvedev afirmou que as sanções têm um efeito duplo.

"Quem impõe sanções primeiro se condena a enfrentar dificuldades", disse, lembrando que "não foi a Rússia que começou".

Após a introdução de sanções econômicas sem precedentes contra a Rússia durante o verão (do hemisfério norte), Moscou já decretou um embargo contra produtos agrícolas europeus e americanos, que afetaram estes setores.

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