A Transnístria declarou independência em 1990 e, após uma curta guerra, funciona praticamente como um país separado desde 1992 (AFP/AFP Photo)
Agência de notícias
Publicado em 24 de fevereiro de 2023 às 08h29.
O Exército russo acusou, nesta quinta-feira, 23, a Ucrânia de preparar uma "invasão" da Transnístria, uma região separatista pró-Rússia na Moldávia, onde há uma importante base militar russa, e prometeu uma "resposta" em caso de incidentes nessa região.
A Transnístria declarou independência em 1990 e, após uma curta guerra, funciona praticamente como um país separado desde 1992, embora seja considerada, internacionalmente, como uma região da Moldávia, situada na fronteira oeste da Ucrânia.
"O regime de Kiev intensificou os preparativos em prol de uma invasão da Transnístria", afirmou o Ministério da Defesa russo no Telegram.
Segundo Moscou, esta suposta ofensiva será impulsionada "em resposta a um suposto ataque das tropas russas a partir do território da Transnístria".
O governo da Moldávia afirmou que "as autoridades estatais não confirmam a informação publicada pelo ministério da Defesa da Rússia".
"Pedimos calma e que as pessoas obtenham informações com fontes oficiais e de confiança da República da Moldávia", afirmou o governo em seu canal no Telegram.
O Exército russo garante ter observado um "acúmulo importante de pessoal e equipamento militar ucraniano perto da fronteira" e o "destacamento de artilharia", além de "um aumento sem precedentes dos voos de drones ucranianos sobre o território" da região separatista.
"A execução das provocações planejadas pelas autoridades ucranianas representa uma ameaça direta para o contingente russo" presente na Transnístria, indicou o Ministério da Defesa.
Moscou "responderá de maneira adequada à provocação planejada pela Ucrânia", acrescentou.
O novo primeiro-ministro da Moldávia, Dorin Recean, pediu recentemente a retirada das tropas russas da Transnístria, o que causou indignação no Kremlin.
Anteriormente, as autoridades da Moldávia pró-Ocidente já haviam acusado Moscou de querer fomentar um golpe de Estado em Chisinau, acusações que foram desmentidas pelas autoridades russas.