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Rússia acusa Kiev de usar exército para impedir referendo

Rússia acusou autoridades ucranianas de tentar impedir referendos separatistas realizados ontem

Policiais da tropa de choque da Ucrânia: opção pela independência obteve maioria (Marko Djurica/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2014 às 08h45.

Kiev - A Rússia acusou nesta segunda-feira as autoridades ucranianas de utilizar o exército para tentar impedir os referendos separatistas realizados ontem nas regiões de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia .

De acordo com os resultados divulgados pelos ativistas pró-Rússia, a opção pela independência obteve maioria na consulta.

"Destacamos a alta participação eleitoral, apesar das tentativas de abortar a votação, das tentativas de fazer isto com o uso de guerrilheiros ultra-radicais, com o uso do exército, o uso de armamento contra cidadãos pacíficos", disse Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, segundo agências locais.

O chanceler denunciou que a ação da Ucrânia "deixou vítimas mortais". Além disso, Lavrov argumentou que a Rússia não considera oportuno realizar uma nova reunião internacional com a Ucrânia, Estados Unidos e a OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) sobre o conflito no país vizinho.

"Sem a inclusão dos opositores nas conversas diretas nada sairá bem", disse o ministro.

Segundo Lavrov, esta fato é reconhecido pelo secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, que defenderiam converter os "princípios de Genebra em um diálogo direto entre as partes ucranianas".

O chanceler russo frisou que o roteiro apresentada pela OSCE contempla tanto o diálogo nacional entre Kiev e os representantes das regiões insurgentes pró-Rússia do leste do país como a investigação dos crimes cometidos nas regiões insurgentes.

O Kremlin disse hoje que respeita a expressão da vontade popular nos referendos realizados no domingo em Donetsk e Lugansk.

"Moscou respeita a vontade popular expressada pela população das regiões de Donetsk e Lugansk e espera que a realização prática dos resultados do referendo se produza pela via pacífica, sem surtos de violência e por meio de um diálogo entre representantes de Kiev, Donetsk e Lugansk", afirmou o Kremlin.

Os dirigentes de ambas as regiões separatistas ucranianas querem criar órgãos estatais e militares, e em um futuro criar um Estado independente ao lado de outras regiões como Kharkiv e Odessa.

O referendo separatista não tem nenhum valor jurídico, garantiu hoje Alexander Turchinov, presidente interino da Ucrânia.

Turchinov denunciou que a votação "foi iniciada pela Federação Russa com o objetivo de desestabilizar completamente a situação na Ucrânia, abortar as eleições presidenciais e derrubar as autoridades ucranianas".

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Kiev - A Rússia acusou nesta segunda-feira as autoridades ucranianas de utilizar o exército para tentar impedir os referendos separatistas realizados ontem nas regiões de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia .

De acordo com os resultados divulgados pelos ativistas pró-Rússia, a opção pela independência obteve maioria na consulta.

"Destacamos a alta participação eleitoral, apesar das tentativas de abortar a votação, das tentativas de fazer isto com o uso de guerrilheiros ultra-radicais, com o uso do exército, o uso de armamento contra cidadãos pacíficos", disse Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, segundo agências locais.

O chanceler denunciou que a ação da Ucrânia "deixou vítimas mortais". Além disso, Lavrov argumentou que a Rússia não considera oportuno realizar uma nova reunião internacional com a Ucrânia, Estados Unidos e a OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) sobre o conflito no país vizinho.

"Sem a inclusão dos opositores nas conversas diretas nada sairá bem", disse o ministro.

Segundo Lavrov, esta fato é reconhecido pelo secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, que defenderiam converter os "princípios de Genebra em um diálogo direto entre as partes ucranianas".

O chanceler russo frisou que o roteiro apresentada pela OSCE contempla tanto o diálogo nacional entre Kiev e os representantes das regiões insurgentes pró-Rússia do leste do país como a investigação dos crimes cometidos nas regiões insurgentes.

O Kremlin disse hoje que respeita a expressão da vontade popular nos referendos realizados no domingo em Donetsk e Lugansk.

"Moscou respeita a vontade popular expressada pela população das regiões de Donetsk e Lugansk e espera que a realização prática dos resultados do referendo se produza pela via pacífica, sem surtos de violência e por meio de um diálogo entre representantes de Kiev, Donetsk e Lugansk", afirmou o Kremlin.

Os dirigentes de ambas as regiões separatistas ucranianas querem criar órgãos estatais e militares, e em um futuro criar um Estado independente ao lado de outras regiões como Kharkiv e Odessa.

O referendo separatista não tem nenhum valor jurídico, garantiu hoje Alexander Turchinov, presidente interino da Ucrânia.

Turchinov denunciou que a votação "foi iniciada pela Federação Russa com o objetivo de desestabilizar completamente a situação na Ucrânia, abortar as eleições presidenciais e derrubar as autoridades ucranianas".

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