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RSF pede que Kerry trate sobre liberdade de imprensa em Cuba

A organização Repórteres Sem Fronteiras fala em carta enviada a Kerry que é dever dos EUA usar sua influência nos políticos cubanos


	O chanceler de Cuba e o secretário de Estado dos EUA, John Kerry: o governo cubano mantém um "monopólio" da informação e não tolera nenhuma voz independente
 (Jonathan Ernst/Reuters)

O chanceler de Cuba e o secretário de Estado dos EUA, John Kerry: o governo cubano mantém um "monopólio" da informação e não tolera nenhuma voz independente (Jonathan Ernst/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2015 às 13h57.

Paris - A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) pediu hoje ao secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, que aproveite sua reunião desta sexta-feira em Cuba com seu colega de Cuba, Bruno Rodríguez, para abordar a liberdade de imprensa e de informação neste país.

"Como maior responsável americano de tão alto nível a ir a Cuba desde 1959, tem o dever e o poder de influir positivamente nos políticos cubanos", disse o secretário-geral da organização, Christophe Deloire, em carta enviada a Kerry.

A RSF destacou que o governo cubano mantém um "monopólio" da informação e não tolera nenhuma voz independente, e considerou que seu controle dos meios de imprensa não se limita aos locais, mas os estrangeiros também são objeto de restrições e de permissões seletivas.

"Além da censura, o país conhece uma longa história de violência e de assédio aos jornalistas", lamentou a ONG, que em sua última classificação mundial da liberdade de imprensa colocou Cuba na 169ª posição, dentre os 180 países analisados.

"Nesta nova etapa que se abre em Cuba, as barreiras da liberdade de imprensa devem ser rompidas. Os EUA têm a oportunidade e responsabilidade de facilitar esta mudança", ressaltou Deloire, segundo o qual chegou a hora de libertar os jornalistas presos e de permitir aos meios de imprensa trabalhar "sem medo de violência ou detenções".

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