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Rouhani diz que Irã continuará exportando petróleo e resistindo aos EUA

"Não cederemos a esta pressão, que é parte da guerra psicológica iniciada contra o Irã", disse o presidente iraniano

Hassan Rouhan: O Irã continuará exportando petróleo mesmo sujeito às sanções dos Estados Unidos, disse o presidente do Irã (Lisi Niesner/Reuters)
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Reuters

Publicado em 19 de novembro de 2018 às 10h09.

O Irã continuará exportando petróleo mesmo sujeito às sanções dos Estados Unidos , que são parte de uma guerra psicológica fadada ao fracasso, disse o presidente iraniano, Hassan Rouhani, nesta segunda-feira.

Ao retomar as sanções contra o terceiro maior produtor de petróleo da Opep , Washington quer forçar Teerã a abdicar de seu programa de mísseis balísticos, conter ainda mais suas atividades nucleares e limitar seu apoio a milícias que agem em seu nome da Síria até o Líbano e o Iêmen.

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"Não cederemos a esta pressão, que é parte da guerra psicológica iniciada contra o Irã", disse Rouhani em um discurso na cidade de Khoy transmitido ao vivo pela televisão estatal.

"Eles não conseguiram deter nossas exportações de petróleo. Continuaremos exportando-o... suas políticas regionais fracassaram e vocês culpam o Irã por esse fracasso do Afeganistão ao Iêmen e à Síria", acrescentou ele aos brados de "Morte à América!".

Rouhani disse que Washington carece do apoio internacional necessário para suas sanções, e sublinhou que os EUA concederam dispensas temporárias a oito grandes compradores de petróleo iraniano.

"A América está isolada agora. O Irã é apoiado por muitos países. Exceto pelo regime sionista (Israel) e alguns países da região, nenhum outro país apoia a pressão da América ao Irã".

União Europeia, França, Alemanha, Reino Unido, Rússia e China, participantes ao lado dos EUA do acordo de 2015 que suspendeu sanções impostas a Teerã em troca de limites ao seu programa nuclear, vêm tentando encontrar maneiras de driblar as restrições norte-americanas.

A UE vem tentando sobretudo estabelecer um Veículo de Propósito Especial (SPV) para o comércio com o Irã que não envolva dólares.

Mas isso não impediu que empresas estrangeiras, que vão de petroleiras a sociedades mercantis, deixassem o Irã por medo de serem sujeitas a penalidades dos EUA.

O Irã ameaçou sair do acordo se seus benefícios econômicos não forem mantidos, mas o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Bahram Qasemi disse em uma coletiva de imprensa que sua nação "continua esperançosa de que os europeus podem salvar o acordo".

O SPV foi concebido como uma câmara de liquidação que poderia ser usada para ajudar a equiparar as exportações de petróleo e gás iranianas a compras de bens da UE de forma a driblar as sanções dos EUA, que se baseiam no uso global do dólar no comércio de petróleo.

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