Rossi critica posição de Marina sobre Código Florestal
Ministro da Agricultura criticou Marina por se considerar "mãe da natureza" e se "intrometer na discussão"
Da Redação
Publicado em 5 de maio de 2011 às 17h26.
São Paulo - O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, criticou hoje a interferência da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva nas discussões do projeto que altera o Código Florestal brasileiro. "Não é razoável que, separado de todo o trabalho feito, toda a discussão, alguém se arvore como a mãe da natureza, querendo impor situações especiais", disse o ministro, ao ser indagado sobre a posição de Marina. "Ela pode entrar no debate, que é aberto à comunidade, mas ela não pode cobrar; não venham com cobranças indevidas", completou Rossi, durante a Agrishow, em Ribeirão Preto (SP).
Rossi garantiu que o projeto relatado pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB), cuja votação seria realizada ontem mas foi adiada por falta de consenso, "irá a voto na próxima terça-feira". Para o ministro, "até lá dá para conseguir o mínimo de consenso". De acordo com ele, dois pontos do projeto de Rebelo, ambos relativos à recomposição de vegetação em pequenas propriedades, ainda impedem um acordo e colocam em lados opostos ambientalistas e ruralistas.
O primeiro ponto, segundo Rossi, é uma proposta exclusiva de Rebelo de liberar micro e pequenas propriedades do ônus da recomposição ambiental. "Chegamos à conclusão de que o governo discutiria que propriedades com limite de até quatro módulos rurais (entre 20 e 400 hectares, dependendo do Estado) pudessem cumprir a reserva legal com o que sobrou da área dele, porque pequeno não tem condições de recompor", disse. No entanto, ambientalistas pressionam o governo e deputados a não aceitarem essa posição, "porque acham que tem princípio único que ninguém está isento de obrigações ambientais", diz o ministro.
Outro ponto de divergência, na avaliação do ministro, é sobre a recomposição das Áreas de Preservação Permanente (APPs) às margens de rios com largura de até 10 metros. A posição do relatório de Rebelo é que as APPs nesses rios, hoje em 30 metros em cada margem, sejam mantidas e que caia pela metade, ou seja, 15 metros, para os agricultores que precisarem recompor essa mata ciliar inexistente. Os ambientalistas também não concordam.
Segundo Rossi, as posições de ambientalistas chegam ao debate por meio do Ministério do Meio Ambiente e de deputados da base governista, assim como os ruralistas também se posicionam por meio de parlamentares e pelo Ministério da Agricultura. Rossi deixou claro que há divergências internas, afirmou que tem sua posição pessoal sobre o tema, mas que será solidário e defenderá a posição do governo, se ela houver, na próxima terça-feira. "Sou solidário ao governo, posso ser vencido, mas não sou desleal e defendo a posição do governo", concluiu.
São Paulo - O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, criticou hoje a interferência da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva nas discussões do projeto que altera o Código Florestal brasileiro. "Não é razoável que, separado de todo o trabalho feito, toda a discussão, alguém se arvore como a mãe da natureza, querendo impor situações especiais", disse o ministro, ao ser indagado sobre a posição de Marina. "Ela pode entrar no debate, que é aberto à comunidade, mas ela não pode cobrar; não venham com cobranças indevidas", completou Rossi, durante a Agrishow, em Ribeirão Preto (SP).
Rossi garantiu que o projeto relatado pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB), cuja votação seria realizada ontem mas foi adiada por falta de consenso, "irá a voto na próxima terça-feira". Para o ministro, "até lá dá para conseguir o mínimo de consenso". De acordo com ele, dois pontos do projeto de Rebelo, ambos relativos à recomposição de vegetação em pequenas propriedades, ainda impedem um acordo e colocam em lados opostos ambientalistas e ruralistas.
O primeiro ponto, segundo Rossi, é uma proposta exclusiva de Rebelo de liberar micro e pequenas propriedades do ônus da recomposição ambiental. "Chegamos à conclusão de que o governo discutiria que propriedades com limite de até quatro módulos rurais (entre 20 e 400 hectares, dependendo do Estado) pudessem cumprir a reserva legal com o que sobrou da área dele, porque pequeno não tem condições de recompor", disse. No entanto, ambientalistas pressionam o governo e deputados a não aceitarem essa posição, "porque acham que tem princípio único que ninguém está isento de obrigações ambientais", diz o ministro.
Outro ponto de divergência, na avaliação do ministro, é sobre a recomposição das Áreas de Preservação Permanente (APPs) às margens de rios com largura de até 10 metros. A posição do relatório de Rebelo é que as APPs nesses rios, hoje em 30 metros em cada margem, sejam mantidas e que caia pela metade, ou seja, 15 metros, para os agricultores que precisarem recompor essa mata ciliar inexistente. Os ambientalistas também não concordam.
Segundo Rossi, as posições de ambientalistas chegam ao debate por meio do Ministério do Meio Ambiente e de deputados da base governista, assim como os ruralistas também se posicionam por meio de parlamentares e pelo Ministério da Agricultura. Rossi deixou claro que há divergências internas, afirmou que tem sua posição pessoal sobre o tema, mas que será solidário e defenderá a posição do governo, se ela houver, na próxima terça-feira. "Sou solidário ao governo, posso ser vencido, mas não sou desleal e defendo a posição do governo", concluiu.