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Romney ataca Obama por baixo crescimento econômico

Romney destacou um relatório divulgado hoje que revisou para baixo o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)


	Segundo Romney, o plano do democrata reduz os fundos para as despesas militares
 (Bill Pugliano/Getty Images)

Segundo Romney, o plano do democrata reduz os fundos para as despesas militares (Bill Pugliano/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2012 às 18h44.

Washington - O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Mitt Romney, investiu nesta quinta-feira contra a gestão econômica do presidente do país e candidato à reeleição, Barack Obama, ao afirmar que o baixo crescimento econômico do segundo trimestre é um sintoma do que já vem acontecendo ''durante anos''.

Durante um ato eleitoral com veteranos de guerra em Springfield na Virgínia, Romney destacou um relatório divulgado hoje que revisou para baixo o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano, de 1,7% para 1,3%.

''Atualmente, a economia da Rússia está crescendo cerca de 4% por ano (...) o nosso acaba de ser revisado para baixo no último trimestre com 1,3% por ano, um quarto ou um quinto do ritmo da Rússia'', afirmou Romney.

''Este é um verdadeiro desafio para nós. E não é só um trimestre. Isto vem acontecendo durante anos'', acrescentou o candidato republicano, ao repetir sua advertência de que a economia necessita de uma revitalização e que o plano de Obama ''é uma continuação do velho plano'' que não funciona, segundo sua opinião.

Ao citar como exemplo as economias de Rússia e China, que apresentaram crescimento maior que a dos EUA, Romney disse que Obama recorre às mesmas políticas dos últimos quatro anos que ''não funcionaram''.

Segundo Romney, o plano do democrata reduz os fundos para as despesas militares, propõe outra medida de estímulo econômico que aumenta o déficit fiscal e o endividamento.

Por se tratar de uma audiência militar, Romney atacou os cortes no Pentágono que serão iniciados em janeiro, a menos que o Congresso dos EUA tome medidas para evitá-los mediante um novo plano orçamentário.

Os cortes, que chegariam a US$ 100 bilhões, afetariam severamente estados como a Virgínia, sede de várias bases militares.


Romney fez essas declarações pouco depois da divulgação de um relatório sobre o crescimento do PIB feito pelo Departamento de Comércio, medindo a produção econômica do país. Esse relatório destacou que a economia cresceu a uma taxa anual de 1,3% entre abril e junho, ou seja, uma revisão para baixo em relação ao 1,7% que o governo divulgou no último mês de agosto.

A campanha de Obama respondeu imediatamente aos ataques de Romney ao lembrar que os cortes propostos poderiam afetar os fundos destinados à Administração de Assuntos para Veteranos.

''Mitt Romney gostaria que os moradores da Virgínia se esquecessem de como descartou com desdém quase metade dos americanos, incluindo veteranos e membros ativos das Forças Armadas'', disse em comunicado Gabriela Domenzain, porta-voz da campanha de Obama, se referindo a um vídeo que foi divulgado no último dia 17 pela revista ''Mother Jones''.

Nesse vídeo, gravado furtivamente durante um jantar de Romney com doadores de sua campanha, o ex-governador se referiu desdenhosamente a ''47%'' dos cidadãos, os eleitores de Obama, aconteça o que acontecer, porque são ''dependentes do Estado''.

Gabriela acusou Romney de não exercer pressão sobre os republicanos no Congresso dos EUA para ''evitar os devastadores cortes automáticos na Defesa''.

Faltando 40 dias para as eleições, tanto Romney como Obama tem eventos de campanha programados na Virgínia, um dos nove estados-chave da disputa eleitoral.

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