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Ritmo de reativação econômica nos EUA é "frustrante"

Opinião é de Jeffrey Lacker, presidente do Federal Reserve de Richmond

Sede do Fed: limite em crédito e leasing será ajustado anualmente segundo a inflação (Dan Smith/Wikimedia Commons)

Sede do Fed: limite em crédito e leasing será ajustado anualmente segundo a inflação (Dan Smith/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2011 às 19h09.

São Paulo - O ritmo de reativação econômica dos Estados Unidos, após ter registrado a recessão mais profunda e prolongada em quase oito décadas, continua sendo "frustrante", disse nesta segunda-feira Jeffrey Lacker, presidente do Federal Reserve de Richmond.

"Apesar dos fatores que afetaram a diminuição do ritmo no primeiro trimestre terem sido aparentemente passageiros, a incapacidade da expansão para adquirir um ímpeto maior até agora foi frustrante", declarou Lacker durante uma conferência em Roanoke, Virgínia. A recusa de muitas empresas em aumentar seu número de empregados apesar da demanda crescente indica que o crescimento econômico pode se manter tímido "por um período longo de tempo", disse Lacker.

O aumento da despesa dos consumidores mais lento do que o calculado inicialmente, os cortes nos gastos públicos e os elevados preços dos combustíveis foram os fatores que levaram o crescimento da economia americana a atingir apenas 1,8% entre janeiro e março. No último trimestre de 2010, a taxa anualizada de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) havia sido de 3,1%, e em todo o ano passado a maior economia do mundo teve um crescimento de 2,9%, segundo os relatórios do governo.

Ao término da reunião do Comitê de Mercado Aberto, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) calculou nesta segunda-feira que a economia dos Estados Unidos crescerá este ano entre 3,1% e 3,3%, abaixo do previsto para janeiro, quando anunciou que o crescimento poderia chegar a 3,9%.

Lacker, que este ano não é membro com poder de voto no Comitê, órgão responsável por estabelecer a política monetária do Fed, costuma se preocupar mais com a aceleração da inflação do que com o alto índice de desemprego. Nesta segunda-feira, em uma conferência sobre o setor industrial no sul dos EUA, Lacker se referiu à fragilidade do emprego, mas não mencionou a ameaça de inflação, o que sugere que o banco central ainda não julga parece necessário abandonar sua política de estímulo monetário.

Em abril, o Comitê de Mercado Aberto do Fed decidiu manter as taxas de juros inalteradas abaixo de 0,25% ao ano, assim como manter a data para a finalização de seu plano de estímulo monetário de US$ 600 bilhões, em junho.

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