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Revolta popular explode na cidade de Sidi Bouzid, na Tunísia

Governo de transição de Mohamed Ghannouchi é alvo das manifestações

Manifestantes em Sidi Bouzid, na Tunísia: segundo fontes, greve chega a 100% da cidade (Fred Dufour/AFP)

Manifestantes em Sidi Bouzid, na Tunísia: segundo fontes, greve chega a 100% da cidade (Fred Dufour/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2011 às 19h50.

Túnis - Milhares de pessoas se manifestam nesta quinta-feira contra o Governo de transição tunisiano na cidade de Sidi Bouzid, dando início a uma revolta social que levou a queda do anterior regime, informaram à Agência Efe testemunhas e fontes sindicais.

Na região de Sidi Bouzid, no centro do país, foi convocada para esta quinta uma greve geral em protesto pela permanência dos ministros do deposto presidente Ben Ali no Executivo.

Mongi Bouazizi - irmão de Mohammed Bouazizi, o jovem vendedor ambulante que desencadeou a onda protestos sociais ao imolar-se em Sidi Bouzid - disse à Agência Efe que a greve segue em 100% da cidade, com todos os comércios e cafés fechados.

O restante da região está "toda fechada" e seus habitantes, na maioria de camponeses, chegaram à capital para participar da manifestação, afirmou Bouazizi.

"Seremos leais até o final aos mártires", diziam os manifestantes, em referência aos mortos da repressão da revolta, que foi especialmente cruel nas regiões de Sidi Bouzid e em Kaserin.

Era possível ouvir gritos contra o premiê, Mohamed Ghannouchi, à frente do Governo de transição.

De Sidi Bouzid partiu a primeira caravana de manifestantes do interior do país, que começaram a chegar no domingo à capital, e desde então estão concentrados em frente ao escritório do primeiro-ministro pedindo por um novo Executivo.

O protesto em Sidi Bouzid ocorre enquanto se espera nesta quinta-feira o anúncio de um novo Governo de transição, do qual sairão todos os ministros de Ben Ali dos postos chave, mas o primeiro-ministro será mantido.

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