Exame Logo

Reviravolta no caso Strauss-Kahn anima socialistas franceses

Após a libertação de Dominique Strauss-Kahn nesta sexta-feira, em Nova York, os franceses já pensam em sua candidatura na eleição presidencial de 2012

Strauss-Kahn foi libertado depois que se constatou que a camareira que o acusava mentiu (Don Emmert/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2011 às 10h19.

Paris -- Os socialistas franceses começaram a sonhar nesta sexta-feira com um retorno de Dominique Strauss-Kahn para derrotar Nicolas Sarkozy na eleição presidencial de 2012, depois de uma reviravolta no processo contra quem até um mês e meio atrás era favorito nas pesquisas pré-eleitorais.

A libertação sob palavra de Dominique Strauss-Kahn nesta sexta-feira em Nova York representa para os socialistas franceses "um momento de grande alívio", segundo declarou em Paris o porta-voz Benoît Hamon.

O socialista Dominique Strauss-Kahn, considerado o grande favorito para a eleição presidencial francesa de 2012, segundo as pesquisas de abril e maio, ficou fora de jogo em 14 de maio, quando uma funcionária do hotel Sofitel de Nova York o denunciou por tentativa de estupro. Poucos dias depois, teve que renunciar a seu cargo de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Depois de ser condenado à prisão domiciliar, Strauss-Kahn foi libertado sob palavra nesta sexta-feira por um juiz de Manhattan, depois de terem surgido elementos que trouxeram suspeitas à credibilidade do depoimento da suposta vítima de agressão sexual.

Uma notícia que seus principais partidários receberam com alegria. "Foi uma bomba, mas no sentido contrário desta vez", disse o ex-premier socialista Lionel Jospin (1997-2002), referindo-se à surpresa que sentiu ao saber que seu ex-ministro das Finanças foi preso em 14 de maio por suposta tentativa de estupro.

Seus aliados mostraram-se muito cautelosos quanto à possibilidade de que ele seja absolvido e possa apresentar-se às eleições presidenciais. Mas concordaram que caso ele seja declarado inocente e volte à política, poderá inclinar a balança em favor do Partido Socialista às presidenciais de 2012.


"Sua presença do nosso lado seria decisiva para nosso êxito na eleição presidencial", disse Jack Lang, ex-ministro socialista de Cultura, à televisão BFM. Strauss-Kahn será "um ator indispensável da vida política nos próximos meses", disse o deputado socialista Jean-Marie Le Guen, próximo ao ex-chefe do FMI, à rádio France Inter.

Apesar da libertação sob palavra, a Justiça americana reteve seu passaporte e esclareceu que o caso por agressão sexual continua aberto. Uma próxima audiência está programada para 18 de julho. "A acusação não abandona suas demandas, então esperaremos até 18 de julho, data da nova audiência, para conhecer os avanços deste caso", previu Hamon.

Os socialistas franceses abriram nesta terça-feira o processo das eleições primárias, que culminará com a eleição em outubro de seu candidato à eleição presidencial. Diante da acusação contra Strauss-Kahn, a líder do partido socialista, Martine Aubry, que em princípio devia ser sua companheira de fórmula, decidiu apresentar nesta semana sua pré-candidatura. Seus principais rivais são o deputado François Hollande, e a candidata de 2007 Ségolène Royal.

O prazo de apresentação de candidaturas expira em 13 de julho. Próxima a Strauss-Kahn, Michèle Sabban propôs que o processo seja suspenso para que haja tempo de ele se apresentar.

Hamon disse antes da sessão desta sexta-feira no tribunal de Manhattan que até o momento não se trabalha com a possibilidade de tal suspensão. Aubry disse que espera o fim do "pesadelo" de Strauss-Kahn, mas não se pronunciou sobre o que ocorreria nas primárias socialistas se o ex-diretor do FMI for inocentado.

Veja também

Paris -- Os socialistas franceses começaram a sonhar nesta sexta-feira com um retorno de Dominique Strauss-Kahn para derrotar Nicolas Sarkozy na eleição presidencial de 2012, depois de uma reviravolta no processo contra quem até um mês e meio atrás era favorito nas pesquisas pré-eleitorais.

A libertação sob palavra de Dominique Strauss-Kahn nesta sexta-feira em Nova York representa para os socialistas franceses "um momento de grande alívio", segundo declarou em Paris o porta-voz Benoît Hamon.

O socialista Dominique Strauss-Kahn, considerado o grande favorito para a eleição presidencial francesa de 2012, segundo as pesquisas de abril e maio, ficou fora de jogo em 14 de maio, quando uma funcionária do hotel Sofitel de Nova York o denunciou por tentativa de estupro. Poucos dias depois, teve que renunciar a seu cargo de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Depois de ser condenado à prisão domiciliar, Strauss-Kahn foi libertado sob palavra nesta sexta-feira por um juiz de Manhattan, depois de terem surgido elementos que trouxeram suspeitas à credibilidade do depoimento da suposta vítima de agressão sexual.

Uma notícia que seus principais partidários receberam com alegria. "Foi uma bomba, mas no sentido contrário desta vez", disse o ex-premier socialista Lionel Jospin (1997-2002), referindo-se à surpresa que sentiu ao saber que seu ex-ministro das Finanças foi preso em 14 de maio por suposta tentativa de estupro.

Seus aliados mostraram-se muito cautelosos quanto à possibilidade de que ele seja absolvido e possa apresentar-se às eleições presidenciais. Mas concordaram que caso ele seja declarado inocente e volte à política, poderá inclinar a balança em favor do Partido Socialista às presidenciais de 2012.


"Sua presença do nosso lado seria decisiva para nosso êxito na eleição presidencial", disse Jack Lang, ex-ministro socialista de Cultura, à televisão BFM. Strauss-Kahn será "um ator indispensável da vida política nos próximos meses", disse o deputado socialista Jean-Marie Le Guen, próximo ao ex-chefe do FMI, à rádio France Inter.

Apesar da libertação sob palavra, a Justiça americana reteve seu passaporte e esclareceu que o caso por agressão sexual continua aberto. Uma próxima audiência está programada para 18 de julho. "A acusação não abandona suas demandas, então esperaremos até 18 de julho, data da nova audiência, para conhecer os avanços deste caso", previu Hamon.

Os socialistas franceses abriram nesta terça-feira o processo das eleições primárias, que culminará com a eleição em outubro de seu candidato à eleição presidencial. Diante da acusação contra Strauss-Kahn, a líder do partido socialista, Martine Aubry, que em princípio devia ser sua companheira de fórmula, decidiu apresentar nesta semana sua pré-candidatura. Seus principais rivais são o deputado François Hollande, e a candidata de 2007 Ségolène Royal.

O prazo de apresentação de candidaturas expira em 13 de julho. Próxima a Strauss-Kahn, Michèle Sabban propôs que o processo seja suspenso para que haja tempo de ele se apresentar.

Hamon disse antes da sessão desta sexta-feira no tribunal de Manhattan que até o momento não se trabalha com a possibilidade de tal suspensão. Aubry disse que espera o fim do "pesadelo" de Strauss-Kahn, mas não se pronunciou sobre o que ocorreria nas primárias socialistas se o ex-diretor do FMI for inocentado.

Acompanhe tudo sobre:EconomistasEuropaFrançaPaíses ricosPolíticaStrauss-Kahn

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame