Fernando lugo, presidente deposto do Paraguai: de acordo com a proposta peruana, o julgamento político contra Lugo foi "contrário às normas do estado de direito" (Jorge Adorno/Reuters)
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2012 às 14h44.
Montevidéu - A reunião do Comitê de Representantes da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi), que deveria analisar nesta quarta-feira a possível suspensão do Paraguai por causa da destituição do presidente Fernando Lugo, acabou sendo suspensa por falta de quórum, confirmaram à Agência Efe fontes da instituição.
Dos 13 países-membros, apenas os representantes da Colômbia, Chile, México, Panamá, Paraguai e Peru compareceram à reunião e, por isso, a mesma teve que ser suspensa, assinalaram as fontes diplomáticas.
Os países da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba), liderados pelo Equador, pediram no último dia 11 de julho a suspensão do Paraguai da Aladi, assim como já tinha ocorrido dias antes no Mercosul e na União de Nações Sul-americanas (Unasul).
Nesses três casos citados, a postura dos demais países em relação ao Paraguai aparece como uma represália por causa do impeachment de Lugo, deposto no último dia 22 de junho após um controvertido julgamento político no Parlamento.
Além da reação dos membros da Alba na Aladi, o Peru também apresentou ao orgão um projeto de resolução que mencionava uma "profunda preocupação" pelo sucedido no Paraguai.
De acordo com a proposta peruana, o julgamento político contra Lugo foi "contrário às normas do estado de direito" e um "procedimento sumaríssimo, que violou os direitos envolvidos no processo e as garantias de defesa".
A Aladi está formada pela Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Cuba, Chile, Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.