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Resgate chega a áreas atingidas por ciclone em Vanuatu

ONU informou nesta terça-feira que o número oficial de mortos do ciclone era de 11, revisando para baixo sua cifra anterior, de 24

Ilha de Tanna, em Vanuatu: agências internacionais de ajuda se mostram particularmente preocupadas com Tanna, onde a tempestade se abateu com mais força (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de março de 2015 às 10h37.

Tanna - Os moradores da ilha de Tanna, no sul de Vanuatu, disseram estar ficando sem comida e suprimentos básicos nesta terça-feira, depois que um enorme ciclone atravessou o país, situado no Pacífico Sul, causando devastação generalizada, mas um número de mortos inferior às estimativas iniciais.

Equipes de ajuda humanitária ainda enfrentam dificuldades para chegar a muitas das ilhas castigadas pelas rajadas do Cyclone Pam, que passou na sexta-feira e no sábado a uma velocidade de mais de 300 quilômetros por hora.

Com as comunicações cortadas e os voos de reconhecimento revelando casas destruídas, florestas retalhadas e edifícios danificados, as agências internacionais de ajuda se mostram particularmente preocupadas com Tanna, onde a tempestade se abateu com mais força.

Uma testemunha da Reuters na ilha, habitada por 29 mil pessoas e situada cerca de 200 km ao sul da capital, disse que a grande maioria da população sobreviveu, abrigada em escolas, igrejas e outros edifícios resistentes, apesar da grande destruição.

"As pessoas se protegeram em escolas. Estamos ajudando uns aos outros", disse Ropate Vuso, 67 anos à Reuters, falando do centro de Tanna.

"Estamos com falta de comida, água, abrigo e eletricidade. Não temos comunicação, ainda estamos à espera de pessoas do parlamento, o chefe e o presidente, mas ninguém apareceu por enquanto.”

Houve relatos não confirmados de quatro mortes no entorno de Tanna, a principal cidade da ilha.

Daniel Dieckhaus, assessor para a Usaid, disse que comunidades duramente atingidas demonstram notável resiliência.

"Você pode vê-los lá fora, agora, reconstruindo com o que têm", disse ele.

A Organização das Nações Unidas informou nesta terça-feira que o número oficial de mortos do ciclone era de 11, revisando para baixo sua cifra anterior, de 24.

No entanto, muitos funcionários anteciparam que esse número deve subir à medida que conseguirem avaliar com mais rigor as ilhas externas do disperso arquipélago.

"Os voos de reconhecimento confirmam danos significativos nas ilhas do sul, especialmente a de Tanna, onde parece que mais de 80 por cento das casas e edifícios foram parcial ou totalmente destruídas", disse a ministra dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Julie Bishop, a repórteres em Canberra.

Na capital de Vanuatu, Port Vila, a limpeza avançou, mas há a preocupação com a escassez de alimentos e problemas de saúde, já que o principal mercado de abastecimento local foi destruído e a rede hospitalar da cidade, severamente afetada.

A maioria dos moradores depende de alimentos in natura vendidos no mercado do centro.

As lojas que vendem comida enlatada estavam abertas e abastecendo a capital, mas a maioria dos moradores não tem dinheiro para comprá-los.

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Tanna - Os moradores da ilha de Tanna, no sul de Vanuatu, disseram estar ficando sem comida e suprimentos básicos nesta terça-feira, depois que um enorme ciclone atravessou o país, situado no Pacífico Sul, causando devastação generalizada, mas um número de mortos inferior às estimativas iniciais.

Equipes de ajuda humanitária ainda enfrentam dificuldades para chegar a muitas das ilhas castigadas pelas rajadas do Cyclone Pam, que passou na sexta-feira e no sábado a uma velocidade de mais de 300 quilômetros por hora.

Com as comunicações cortadas e os voos de reconhecimento revelando casas destruídas, florestas retalhadas e edifícios danificados, as agências internacionais de ajuda se mostram particularmente preocupadas com Tanna, onde a tempestade se abateu com mais força.

Uma testemunha da Reuters na ilha, habitada por 29 mil pessoas e situada cerca de 200 km ao sul da capital, disse que a grande maioria da população sobreviveu, abrigada em escolas, igrejas e outros edifícios resistentes, apesar da grande destruição.

"As pessoas se protegeram em escolas. Estamos ajudando uns aos outros", disse Ropate Vuso, 67 anos à Reuters, falando do centro de Tanna.

"Estamos com falta de comida, água, abrigo e eletricidade. Não temos comunicação, ainda estamos à espera de pessoas do parlamento, o chefe e o presidente, mas ninguém apareceu por enquanto.”

Houve relatos não confirmados de quatro mortes no entorno de Tanna, a principal cidade da ilha.

Daniel Dieckhaus, assessor para a Usaid, disse que comunidades duramente atingidas demonstram notável resiliência.

"Você pode vê-los lá fora, agora, reconstruindo com o que têm", disse ele.

A Organização das Nações Unidas informou nesta terça-feira que o número oficial de mortos do ciclone era de 11, revisando para baixo sua cifra anterior, de 24.

No entanto, muitos funcionários anteciparam que esse número deve subir à medida que conseguirem avaliar com mais rigor as ilhas externas do disperso arquipélago.

"Os voos de reconhecimento confirmam danos significativos nas ilhas do sul, especialmente a de Tanna, onde parece que mais de 80 por cento das casas e edifícios foram parcial ou totalmente destruídas", disse a ministra dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Julie Bishop, a repórteres em Canberra.

Na capital de Vanuatu, Port Vila, a limpeza avançou, mas há a preocupação com a escassez de alimentos e problemas de saúde, já que o principal mercado de abastecimento local foi destruído e a rede hospitalar da cidade, severamente afetada.

A maioria dos moradores depende de alimentos in natura vendidos no mercado do centro.

As lojas que vendem comida enlatada estavam abertas e abastecendo a capital, mas a maioria dos moradores não tem dinheiro para comprá-los.

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