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Republicanos querem tornar públicos e-mails de Hillary

Partido entrou com duas ações para exigir que o Departamento de Estado publique parte dos e-mails do período em que a democrata comandou o órgão


	Hillary Clinton: até agora, Departamento de Estado identificou 1.800 e-mails no servidor de Hillary que contêm informações confidenciais
 (Gary Cameron/ Reuters)

Hillary Clinton: até agora, Departamento de Estado identificou 1.800 e-mails no servidor de Hillary que contêm informações confidenciais (Gary Cameron/ Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2016 às 18h36.

Washington - O Comitê Nacional Republicano (RNC, na sigla em inglês) entrou com duas ações nesta quarta-feira para exigir que o Departamento de Estado publique parte dos e-mails do período em que Hillary Clinton comandou o órgão, assim como as trocas de mensagens entre a ex-primeira-dama e os funcionários da pasta após deixar o cargo.

Em comunicado, o RNC explicou que os processos foram apresentados com base na Lei de Liberdade de Informação (FOIA, na sigla em inglês), após o Departamento de Estado não ter divulgado os e-mails solicitados pelos republicanos em outubro e dezembro do ano passado.

"O governo de (Barack) Obama não atendeu às solicitações dos registros de maneira oportuna como requer a lei", disse o presidente do RNC, Reince Priebus.

"Durante muito tempo, o Departamento de Estado violou o direito legítimo dos cidadãos e da imprensa a esses registros sob a FOIA. É a hora de cumprir a lei, se esse governo pretende ser o 'mais transparente da história' e a Hillary 'a pessoa mais transparente na vida pública'", ironizou o líder republicano.

Os republicanos querem que a divulgação das comunicações que Hillary, secretária de Estado entre 2009 e 2013, manteve por meio de mensagens de texto ou chat através de seu telefone celular vinculado ao trabalho no governo, assim como outros e-mails trocados com funcionários do alto escalão da pasta.

Com o segundo processo, os republicanos pedem a publicação das comunicações entre os mesmos servidores e a campanha de Hillary, assim como outras entidades ligadas a candidatura presidencial da ex-primeira-dama, especialmente depois de ela ter deixado o Departamento de Estado em 2003.

As ações reascendem a polêmica iniciada em 2015, quando a imprensa americana revelou que, durante os quatro anos no governo, Hillary usou um servidor privado e uma conta pessoal de e-mail para tratar de assuntos que poderiam ser sigilosos.

A ex-secretária de Estado reconheceu na época que teria sido "mais inteligente" usar uma conta oficial e entregou 55 mil páginas de e-mail durante o período no governo para publicação.

Até agora, o Departamento de Estado identificou mais de 1.800 e-mails enviados ou recebidos no servidor de Hillary que contêm informações confidenciais, apesar de ter afirmado que muitos deles não eram considerados como sigilosos no momento do envio.

A última rodada de e-mails de Hillary foi publicada no fim do mês passado, mas o caso ainda está em aberto, já que há uma investigação sobre o assunto sendo conduzida pelo FBI.

Perguntado hoje sobre as ações dos republicanos, o porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby, disse que não pode comentar sobre "assuntos que estão sob litígio".

No entanto, defendeu que o órgão tem demonstrado, com a publicação dos e-mails de Hillary, que "leva a sério as ordens judiciais" e que, apesar dos atrasos na divulgação, "foi aberto e honesto porque tinha dificuldades para cumprir as datas determinadas pela Justiça". EFE

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