Orçamento dos Estados Unidos: bancada republicana, que domina a Câmara, propôs também cortar 928 milhões de dólares da NASA em comparação ao orçamento do ano passado (AFP / Saul Loeb)
Da Redação
Publicado em 9 de julho de 2013 às 21h42.
Washington - Salientando suas prioridades para a próxima negociação orçamentária nos EUA, parlamentares republicanos detalharam na terça-feira propostas adicionais de cortes nos gastos públicos domésticos, para garantir o financiamento às agências de defesa e segurança.
As propostas, divulgadas pela Comissão de Orçamento da Câmara, reduziriam em 3 bilhões de dólares as verbas de 2014 para a Casa Branca, o Distrito de Columbia (Distrito Federal), o Serviço Interno de Arrecadação (Receita Federal) e outras agências relacionadas a serviços financeiros. Esses e outros órgãos públicos já haviam sofrido apertos por causa do "sequestro" orçamentário automático que entrou em vigor meses atrás.
A bancada republicana, que domina a Câmara, propôs também cortar 928 milhões de dólares da NASA em comparação ao orçamento do ano passado, 198 milhões adicionais do Departamento de Comércio, e 259 milhões da Fundação Nacional de Ciência, que financia diversos projetos de pesquisa.
Ao mesmo tempo, o comitê orçamentário propôs ampliar em 770 milhões de dólares a verba disponível para o Departamento de Justiça, que inclui o FBI, a DEA (agência antidrogas) e as prisões federais. As verbas para a Justiça Federal seriam elevadas em 12 milhões em comparação ao orçamento do ano fiscal de 2013.
O republicano Harold Rogers, presidente da Comissão de Orçamento da Câmara, disse em nota que a proposta de priorizar questões de segurança visam a "garantir que as funções essenciais do governo federal - proteger a vida, a liberdade a propriedade dos nossos cidadãos - sejam mantidas".
"São tempos de orçamentos apertados, e a fim de financiar esses programas cruciais foram necessárias escolhas difíceis, para reduzir ou eliminar o financiamento em áreas de menor prioridade", acrescentou.
Uma melhora no cenário orçamentário reduziu a urgência parlamentar em negociar um novo acordo para as contas públicas, e esse tema acabou sendo preterido por questões como a imigração. Mas as discussões orçamentárias devem voltar a se acirrar em setembro, já que um novo ano fiscal começa em 1º. de outubro. Semanas depois, provavelmente em novembro, será necessário elevar o teto de endividamento federal, o que tornará a exigir um acordo.
A oposição republicana quer limitar a 967 bilhões de dólares a margem de manobra do governo para financiar agências e programas da sua escolha. A versão do Senado, dominado pelos democratas, prevê um limite bem maior, de 1,058 trilhão de dólares. A diferença de valores seria destinada basicamente a programas domésticos que os republicanos querem cortar.