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Republicanos criticam Trump por ameaça de paralisar governo

O Congresso terá 12 dias quando voltar de recesso de verão em 5 de setembro para aprovar medidas de gastos para evitar que o governo fique paralisado

Trump: Trump levantou a possibilidade de uma paralisação caso o Congresso não aceite financiar seu prometido muro (Drew Angerer/Getty Images)

Trump: Trump levantou a possibilidade de uma paralisação caso o Congresso não aceite financiar seu prometido muro (Drew Angerer/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 23 de agosto de 2017 às 19h13.

Nova York/Washington - Colegas republicanos criticaram o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta quarta-feira após as ameaças dele de paralisar o governo norte-americano por causa de um financiamento para a construção do muro fronteiriço sacudir os mercados e colocar em dúvida os esforços do Congresso para aumentar o teto de gastos do país.

O Congresso terá 12 dias de trabalho quando voltar de recesso de verão em 5 de setembro para aprovar medidas de gastos para evitar que o governo fique paralisado, e um prazo também está se encerrando para aumentar o limite da quantia que o governo federal pode pedir emprestado.

Com esses prazos se aproximando no final de setembro e início de outubro, Trump levantou a possibilidade em um discurso na noite de terça-feira de uma paralisação caso o Congresso não aceite financiar seu prometido muro ao longo da fronteira com o México.

As ações norte-americanas e o dólar se enfraqueceram e os investidores migraram para a segurança de títulos do Tesouro norte-americano nesta quarta-feira. O índice S&P 500 recuou 0,35 por cento, o Dow Jones perdeu 0,4 por cento e o índice Nasdaq caiu 0,3 por cento. O dólar se enfraqueceu em relação ao euro e ao iene.

Trump transformou a construção de um muro fronteiriço para impedir imigração ilegal em uma peça central de sua campanha eleitoral em 2016, mas a questão do financiamento não ganhou força, à medida que parlamentares, incluindo muitos republicanos, questionam a necessidade do projeto.

O mais alto republicano no Congresso, o presidente da Câmara dos Deputados, Paul Ryan, disse nesta quarta-feira que um muro é necessário, mas que o governo não precisa escolher entre segurança fronteiriça e uma paralisação do governo.

"Eu não acho que alguém esteja interessado em ter uma paralisação", disse republicano a repórteres em Hillsboro, Oregon, onde visitou uma fábrica da Intel. "Não acho que é de nosso interesse fazer isso."

O deputado republicano Tom Cole, de Oklahoma, disse que paralisar o governo é muito "insensato" e tal ação pode produzir efeitos negativos sobre o partido que controla poder em Washington.

"Quando você controla a Presidência, o Senado e a Câmara, você está paralisando o governo que está comandando. Eu não acho que é sábio politicamente e eu não acho que terá sucesso praticamente", disse à Reuters em entrevista.

Republicanos tentam há meses fechar um acordo sobre financiamento do governo. O Congresso frequentemente enfrenta este problema e normalmente termina aprovando um projeto de lei temporário estendendo níveis de financiamento inalterados por algumas semanas ou meses. Às vezes este tipo de acordo não pode ser alcançado, frequentemente por causa de uma posição inflexível adotada em uma questão restrita, e o governo federal paralisa por alguns dias.

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