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República Tcheca elege presidente nesta sexta e sábado

No último debate televisivo antes das eleições, opinião positiva dos candidatos sobre a União Europeia (UE) contrastou com a defendida pelo atual chefe de Estado tcheco

Praga, na República Tcheca: além das feridas do pós-guerra, ambos os líderes abordaram assuntos como a corrupção e a burocracia administrativa (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2013 às 19h37.

Praga - O ex-primeiro-ministro social-democrata Milos Zeman e o atual chanceler, o aristocrata e europeísta Karel Schwarzenberg, lutarão nas eleições desta sexta-feira e sábado pela presidência da República Tcheca após uma campanha marcada pelo passado.

No último debate televisivo antes das eleições, a opinião positiva de ambos os candidatos sobre a União Europeia (UE) contrastou com a defendida pelo atual chefe de Estado tcheco, o Vaklav Klaus, que deixará o cargo em março.

Zeman e Schwarzenberg consideram que o referendo anunciado pelo primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, sobre a permanência de seu país na UE é uma má notícia, pois uma saída do país do bloco seria prejudicial para ambas as partes.

Mas o assunto que causou mais emoção foram os decretos do presidente checo Eduard Benes, por meio dos quais três milhões de tchecos de fala alemão foram expulsos da Tchecoslováquia entre 1945 e 1947, no final da Segunda Guerra Mundial.

Zeman argumentou que com a decisão Praga apenas acatou as diretrizes dos aliados nos acordos de Potsdam, que estabeleceram o reassentamento das minorias alemãs para evitar conflitos nacionais.


"Critiquei a expulsão selvagem que aconteceu antes dos acordos de Potsdam", justificou Zeman sobre um discurso no qual censurou esse episódio, em 1990.

"A expulsão de um terço de nossa população não é algo do que devemos nos orgulhar", disse por sua vez Schwarzenberg, que precisou nadar contra a opinião pública desde que expressou este ponto de vista há uma semana.

Seguidores de Zeman e do presidente Klaus criticaram Schwarzenberg e até mesmo acusaram sua esposa de simpatizar com o nazismo, um ataque que fez milhares de tchecos pedirem desculpas ao chanceler por meio de uma carta aberta. O próprio candidato social-democrata pediu perdão pela acusação.

Além das feridas do pós-guerra, ambos os líderes abordaram assuntos como a corrupção, a burocracia administrativa e prerrogativas presidenciais, como a nomeação dos juízes.

Zeman, que fracassou quando tentou se eleger presidente há dez anos, tem agora boas chances de conquistar o cargo, pois tem segundo as pesquisas 55% das intenções de votos.

As enquetes dão a Schwarzenberg o apoio de 39% do eleitorado e indicam que há 6% de eleitores ainda indecisos.

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No último debate televisivo antes das eleições, a opinião positiva de ambos os candidatos sobre a União Europeia (UE) contrastou com a defendida pelo atual chefe de Estado tcheco, o Vaklav Klaus, que deixará o cargo em março.

Zeman e Schwarzenberg consideram que o referendo anunciado pelo primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, sobre a permanência de seu país na UE é uma má notícia, pois uma saída do país do bloco seria prejudicial para ambas as partes.

Mas o assunto que causou mais emoção foram os decretos do presidente checo Eduard Benes, por meio dos quais três milhões de tchecos de fala alemão foram expulsos da Tchecoslováquia entre 1945 e 1947, no final da Segunda Guerra Mundial.

Zeman argumentou que com a decisão Praga apenas acatou as diretrizes dos aliados nos acordos de Potsdam, que estabeleceram o reassentamento das minorias alemãs para evitar conflitos nacionais.


"Critiquei a expulsão selvagem que aconteceu antes dos acordos de Potsdam", justificou Zeman sobre um discurso no qual censurou esse episódio, em 1990.

"A expulsão de um terço de nossa população não é algo do que devemos nos orgulhar", disse por sua vez Schwarzenberg, que precisou nadar contra a opinião pública desde que expressou este ponto de vista há uma semana.

Seguidores de Zeman e do presidente Klaus criticaram Schwarzenberg e até mesmo acusaram sua esposa de simpatizar com o nazismo, um ataque que fez milhares de tchecos pedirem desculpas ao chanceler por meio de uma carta aberta. O próprio candidato social-democrata pediu perdão pela acusação.

Além das feridas do pós-guerra, ambos os líderes abordaram assuntos como a corrupção, a burocracia administrativa e prerrogativas presidenciais, como a nomeação dos juízes.

Zeman, que fracassou quando tentou se eleger presidente há dez anos, tem agora boas chances de conquistar o cargo, pois tem segundo as pesquisas 55% das intenções de votos.

As enquetes dão a Schwarzenberg o apoio de 39% do eleitorado e indicam que há 6% de eleitores ainda indecisos.

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