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República Centro-Africana tem todos elementos para genocídio

ONU pediu uma mobilização internacional, de caráter humanitário e militar, para estabilizar a República Centro-Africana

Mulher foge de disparo de arma de fogo em Bangui: "existem todos os elementos quer vimos em lugares como Ruanda e Bósnia", afirma a ONU (Emmanuel Braun/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2014 às 12h20.

Genebra -A ONU pediu nesta quinta-feira uma mobilização internacional, de caráter humanitário e militar, para estabilizar a República Centro-Africana, onde alertou que existem todos os elementos para que ocorra um genocídio .

"Existem todos os elementos que vimos em lugares como Ruanda, Bósnia, os elementos estão ali para que haja um genocídio", disse em entrevista coletiva o chefe de operações do Escritório de Ajuda Humanitária da ONU, John Ging.

Ging sustentou que "as atrocidades são cometidas em todas as partes", o que provocou o deslocamento forçado de 800 mil pessoas, das quais meio milhão está na capital do país, Bangui.

Ging expôs que a República Centro-Africana alcançou o maior nível de gravidade de uma crise humanitária e que só são aplicados a outros dois países no mundo: Síria e Filipinas.

A Síria está há três anos imersa em uma guerra civil que deixou metade de sua população dependente da assistência humanitária externa, enquanto a passagem de um tufão em novembro pelas Filipinas danificou infraestruturas em zonas importantes do país e deixou milhões de pessoas afetadas.

Ging advertiu que a necessidade de fornecer gente para atender a crise na República Centro-Africana é urgente, pois dos US$ 247 milhões precisos para financiar a operação de ajuda no país, só se recebeu um 6%.

"É necessário com urgência água potável, alimentos e saneamento, que é um grande problema, além disso, atendimento médico básico", disse Ging.

"Não há outra crise em nível mundial que tenha sido ignorada da maneira em como ignoramos a da República Centro-Africana. Se não regularmos o problema hoje, será mais caro fazê-lo amanhã", comentou.

Tropas francesas e africanas tentam estabilizar há algumas semanas a situação nesse país, onde a crise política provocada por uma rebelião do grupo Séléka em março acabou, meses depois, em enfrentamentos de caráter religiosos entre muçulmanos e cristãos.

*Atualizada às 13h20 do dia 16/01/2014

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Genebra -A ONU pediu nesta quinta-feira uma mobilização internacional, de caráter humanitário e militar, para estabilizar a República Centro-Africana, onde alertou que existem todos os elementos para que ocorra um genocídio .

"Existem todos os elementos que vimos em lugares como Ruanda, Bósnia, os elementos estão ali para que haja um genocídio", disse em entrevista coletiva o chefe de operações do Escritório de Ajuda Humanitária da ONU, John Ging.

Ging sustentou que "as atrocidades são cometidas em todas as partes", o que provocou o deslocamento forçado de 800 mil pessoas, das quais meio milhão está na capital do país, Bangui.

Ging expôs que a República Centro-Africana alcançou o maior nível de gravidade de uma crise humanitária e que só são aplicados a outros dois países no mundo: Síria e Filipinas.

A Síria está há três anos imersa em uma guerra civil que deixou metade de sua população dependente da assistência humanitária externa, enquanto a passagem de um tufão em novembro pelas Filipinas danificou infraestruturas em zonas importantes do país e deixou milhões de pessoas afetadas.

Ging advertiu que a necessidade de fornecer gente para atender a crise na República Centro-Africana é urgente, pois dos US$ 247 milhões precisos para financiar a operação de ajuda no país, só se recebeu um 6%.

"É necessário com urgência água potável, alimentos e saneamento, que é um grande problema, além disso, atendimento médico básico", disse Ging.

"Não há outra crise em nível mundial que tenha sido ignorada da maneira em como ignoramos a da República Centro-Africana. Se não regularmos o problema hoje, será mais caro fazê-lo amanhã", comentou.

Tropas francesas e africanas tentam estabilizar há algumas semanas a situação nesse país, onde a crise política provocada por uma rebelião do grupo Séléka em março acabou, meses depois, em enfrentamentos de caráter religiosos entre muçulmanos e cristãos.

*Atualizada às 13h20 do dia 16/01/2014

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