República Centro-Africana registra novos conflitos
Ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, declarou que uma intervenção no país é iminente
Da Redação
Publicado em 5 de dezembro de 2013 às 08h53.
Bangui - A capital da República Centro-Africana, Bangui, amanheceu com trocas de tiros entre muçulmanos e cristãos, em meio a um crescente episódio de violência sectária no país. O ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, declarou que uma intervenção no país é iminente.
"Nós temos que acabar com essa catástrofe humanitária e restaurar a segurança", afirmou em entrevista à rede de televisão BFM-TV. O ministro disse que a França deverá enviar reforços ao país logo após a votação das Nações Unidas. O país terá um total de 1.200 soldados na República Centro-Africana, sendo que 600 tropas já estão no local.
A França pediu que o Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) vote a resolução nesta quinta-feira. As tropas seriam lideradas pela União Africana em uma missão de um ano, com o objetivo de proteger os civis e restaurar a ordem pública. A resolução também autorizaria a presença de forças francesas por um período temporário, de modo a "tomar todas as medidas necessárias" para apoiar as forças africanas, cujo número de combatentes deve subir de cerca de 2.500 para 3.500.
Essas tropas substituiriam uma missão de paz regional, cuja presença tem sido limitada principalmente à capital e a algumas cidades ao norte do país.
Os muçulmanos assumiram o controle da República Centro-Africana em março, enquanto os cristãos apoiam o ex-presidente, François Bozizé. Depois que milhares de rebeldes cercaram a capital Bangui em março, Bozizé fugiu e os rebeldes nomearam o líder do grupo, Michel Djotodia, como presidente.
No entanto, Djotodia tem tentando se distanciar dos então rebeldes após o grupo ter sido acusado de atrocidades em Bangui. Entre as acusações estão denúncias de assassinatos, estupros e roubos de grupos de caridade e orfanatos. A formação do grupo cristão anti-balaka ocorreu há alguns meses.
Os primeiros disparos desta manhã foram registrados às 6h (horário local). Três horas depois, alguns tiros ainda podiam ser ouvidos esporadicamente perto do aeroporto de Bangui. Também ocorreram relatos de tiroteio nos subúrbios norte e leste da capital.
"Não está exatamente claro, mas nós acreditamos que os ataques vieram de membros anti-balaka", disse o porta-voz do governo, Gaston Mackouzangba. Anti-balaka é o nome adotado pelos grupos que pegaram em armas contra a antiga coalizão rebelde conhecida como Seleka, que agora afirma ter controle do governo. Até o momento, esse último conflito resultou em cerca de uma dúzia de mortes de crianças e mulheres em uma comunidade remota.
A quantidade de mortos na República Centro-Africana desde o início dos conflitos tem sido impossível de estimar, mas o ministro francês afirmou que a nação africana está "à beira de um genocídio". Fonte: Associated Press.
Bangui - A capital da República Centro-Africana, Bangui, amanheceu com trocas de tiros entre muçulmanos e cristãos, em meio a um crescente episódio de violência sectária no país. O ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, declarou que uma intervenção no país é iminente.
"Nós temos que acabar com essa catástrofe humanitária e restaurar a segurança", afirmou em entrevista à rede de televisão BFM-TV. O ministro disse que a França deverá enviar reforços ao país logo após a votação das Nações Unidas. O país terá um total de 1.200 soldados na República Centro-Africana, sendo que 600 tropas já estão no local.
A França pediu que o Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) vote a resolução nesta quinta-feira. As tropas seriam lideradas pela União Africana em uma missão de um ano, com o objetivo de proteger os civis e restaurar a ordem pública. A resolução também autorizaria a presença de forças francesas por um período temporário, de modo a "tomar todas as medidas necessárias" para apoiar as forças africanas, cujo número de combatentes deve subir de cerca de 2.500 para 3.500.
Essas tropas substituiriam uma missão de paz regional, cuja presença tem sido limitada principalmente à capital e a algumas cidades ao norte do país.
Os muçulmanos assumiram o controle da República Centro-Africana em março, enquanto os cristãos apoiam o ex-presidente, François Bozizé. Depois que milhares de rebeldes cercaram a capital Bangui em março, Bozizé fugiu e os rebeldes nomearam o líder do grupo, Michel Djotodia, como presidente.
No entanto, Djotodia tem tentando se distanciar dos então rebeldes após o grupo ter sido acusado de atrocidades em Bangui. Entre as acusações estão denúncias de assassinatos, estupros e roubos de grupos de caridade e orfanatos. A formação do grupo cristão anti-balaka ocorreu há alguns meses.
Os primeiros disparos desta manhã foram registrados às 6h (horário local). Três horas depois, alguns tiros ainda podiam ser ouvidos esporadicamente perto do aeroporto de Bangui. Também ocorreram relatos de tiroteio nos subúrbios norte e leste da capital.
"Não está exatamente claro, mas nós acreditamos que os ataques vieram de membros anti-balaka", disse o porta-voz do governo, Gaston Mackouzangba. Anti-balaka é o nome adotado pelos grupos que pegaram em armas contra a antiga coalizão rebelde conhecida como Seleka, que agora afirma ter controle do governo. Até o momento, esse último conflito resultou em cerca de uma dúzia de mortes de crianças e mulheres em uma comunidade remota.
A quantidade de mortos na República Centro-Africana desde o início dos conflitos tem sido impossível de estimar, mas o ministro francês afirmou que a nação africana está "à beira de um genocídio". Fonte: Associated Press.