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Representante alerta sobre deterioração da Bósnia

Alto representante internacional para a Bósnia-Herzegovina alertou que a situação no país continua a piorar


	Sarajevo, na Bósnia-Herzegovina: representante denunciou a ineficácia das autoridades locais
 (Wikimedia Commons / Asim Led)

Sarajevo, na Bósnia-Herzegovina: representante denunciou a ineficácia das autoridades locais (Wikimedia Commons / Asim Led)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2014 às 12h46.

Zagreb - O alto representante internacional para a Bósnia-Herzegovina, Valentin Inzko, alertou nesta quinta-feira que a situação no país continua a piorar e denunciou a ineficácia das autoridades locais.

Esse balanço está no último relatório semestral de Inzko encaminhado ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, segundo anunciou por meio de comunicado ao escritório do diplomata austríaco.

"O fracasso das autoridades em reagir adequadamente diante das enchentes e inundações, a constante falta de respeito ao Acordo de Dayton e a retórica eleitoral não democrática representam sérios problemas", ressalta Inzko em seu relatório.

O documento, que analisa o período entre abril e outubro, destaca que os problemas crônicos do país se agravaram pelas consequências catastróficas das inundações do meio do ano, que causaram prejuízos de mais de dois bilhões de euros.

Inzko considera imprescindível a presença militar constante da União Europeia (UE) na Bósnia com mandado executivo, já que isso possibilita que seu escritório e outros órgãos internacionais cumpram seu mandado e passe confiança à população.

O responsável internacional denuncia que nos últimos seis meses as autoridades não fizeram nada concreto a favor da realização dos objetivos firmados pelo Comitê para a implementação da paz, e que na capital Mostar também não foi estabelecido um sistema eleitoral justo e constitucional.

O Comitê é um órgão integrado por 55 países e agências internacionais criado em 1995 com o objetivo de apoiar a realização dos Acordos de Dayton, que deram fim à guerra bósnia, que durou de 1992 a 1995.

Inzko reivindica das autoridades bósnias que "rompam com o passado" e insiste na necessidade de uma nova forma de fazer política. O alto representante irá ao Conselho de Segurança da ONU no dia 11 de novembro para informar sobre a situação na Bósnia.

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