Renúncia não é para 'evitar responsabilidades', diz Vaticano
O jornal da Santa Sé argumentou que a 'ponderada e livre decisão (para renunciar) sela a coerência entre doutrina e prática cristã' de Bento XVI
Da Redação
Publicado em 12 de fevereiro de 2013 às 15h59.
Cidade do Vaticano - A renúncia de Bento XVI ao pontificado não é para 'evitar responsabilidades', disse nesta terça-feira o jornal do Vaticano 'L'Osservatore Romano', que afirmou ainda que o papa não está fugindo de intrigas e deixa uma grande herança 'que crescerá com o tempo'.
Em artigo de primeira página chamado 'Novos caminhos', o jornal da Santa Sé argumentou que a 'ponderada e livre decisão (para renunciar) sela a coerência entre doutrina e prática cristã' de Bento XVI. A publicação considerou que sua medida é mais um exemplo de sua atuação 'contracorrente'.
O pontífice 'abandona a cena com desconcertante dignidade e naturalidade, consciente que a barca de Pedro (a Igreja) é guiada, sobretudo, pelo Espírito Santo', afirmou Carlo Di Cicco, subdiretor do jornal.
Di Cicco afirmou que a herança de Bento XVI é 'grande' e com a passagem dos anos será ainda 'maior', e ressaltou que aqueles que pensam que com sua renúncia ele evita responsabilidades não entendem a nobreza de seu gesto.
Já o jornal italiano 'Corriere della Sera' publicou hoje que por 'de trás do sacrifício extremo de um intelectual' se encontra 'a sombra' do escândalo do vazamento de documentos reservados do pontífice, conhecido como 'Vatileaks', e os casos de abusos sexuais contra menores cometidos por clérigos.
Segundo o jornal, o papa se foi após não ter conseguido mudar a Cúria vaticana, 'derrotado por um aparelho considerado demais incrustado no poder e para ser reformado'.
Cidade do Vaticano - A renúncia de Bento XVI ao pontificado não é para 'evitar responsabilidades', disse nesta terça-feira o jornal do Vaticano 'L'Osservatore Romano', que afirmou ainda que o papa não está fugindo de intrigas e deixa uma grande herança 'que crescerá com o tempo'.
Em artigo de primeira página chamado 'Novos caminhos', o jornal da Santa Sé argumentou que a 'ponderada e livre decisão (para renunciar) sela a coerência entre doutrina e prática cristã' de Bento XVI. A publicação considerou que sua medida é mais um exemplo de sua atuação 'contracorrente'.
O pontífice 'abandona a cena com desconcertante dignidade e naturalidade, consciente que a barca de Pedro (a Igreja) é guiada, sobretudo, pelo Espírito Santo', afirmou Carlo Di Cicco, subdiretor do jornal.
Di Cicco afirmou que a herança de Bento XVI é 'grande' e com a passagem dos anos será ainda 'maior', e ressaltou que aqueles que pensam que com sua renúncia ele evita responsabilidades não entendem a nobreza de seu gesto.
Já o jornal italiano 'Corriere della Sera' publicou hoje que por 'de trás do sacrifício extremo de um intelectual' se encontra 'a sombra' do escândalo do vazamento de documentos reservados do pontífice, conhecido como 'Vatileaks', e os casos de abusos sexuais contra menores cometidos por clérigos.
Segundo o jornal, o papa se foi após não ter conseguido mudar a Cúria vaticana, 'derrotado por um aparelho considerado demais incrustado no poder e para ser reformado'.