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Remessas de empresas estrangeiras à Europa preocupam Brasil

A fuga de capitais soma US$ 34,19 bilhões nos últimos 12 meses, mas ainda não supera a entrada de dólares atraídos pelos altos juros do país, afirma o Valor Econômico

Um dos temores do governo brasileiro é que o aumento das remessas ponha em risco os recursos necessários para desenvolver o Plano Nacional de Banda Larga (David Siqueira/Stock.xchng)

Um dos temores do governo brasileiro é que o aumento das remessas ponha em risco os recursos necessários para desenvolver o Plano Nacional de Banda Larga (David Siqueira/Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2011 às 12h36.

Brasília  As remessas das empresas estrangeiras estabelecidas no Brasil para suas matrizes na Europa, que somaram US$ 34,19 bilhões nos últimos 12 meses, preocupam o Banco Central e podem pôr em risco futuros investimentos, informou nesta quarta-feira o jornal Valor Econômico.

Segundo a publicação, essa "fuga de capitais" ainda não supera a entrada de dólares atraídos pelos altos juros do país, mas pode ter efeitos "indesejáveis" em termos de investimentos, especialmente em áreas estratégicas como as telecomunicações.

Devido à atual turbulência, esse setor foi considerado pelo governo como um dos mais "sensíveis", visto que é dominado por capitais da Espanha, Itália e Portugal, países que sofrem com especial rigor os efeitos da crise financeira global, indica o Valor.

O jornal acrescenta que um dos temores do Executivo é que o aumento das remessas das empresas estrangeiras ponha em risco os recursos necessários para desenvolver o Plano Nacional de Banda Larga, que prevê investimentos de US$ 70 bilhões entre 2012 e 2016.

Por meio do plano, o governo almeja aprofundar seus programas de inclusão digital e expandir os serviços de banda larga para todos os municípios do país.

De acordo com fontes do governo consultadas pelo "Valor", também há temores de que o aumento das remessas, até agora mais intenso nas telecomunicações, chegue também a outras empresas de serviços e inclusive ao setor produtivo.

Nesse sentido, o jornal aponta que a recente decisão do Banco Central de reduzir a taxa básica de juros de 12,5% para 12% foi influenciada por essa situação.

Segundo disseram as fontes da publicação, a redução dos juros foi adotada de maneira preventiva e com o fim de se antecipar a um possível agravamento da crise econômica mundial.

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